Primeiro dia de treino, jogadores ainda se conhecendo e o técnico pergunta: “Onde estão as bolas?”. Acostumados aos treinadores brasileiros, os integrantes da comissão do São Bernardo não levaram as pelotas ao campo. Entretanto, o português Sérgio Vieira é diferente e a cada dia implanta a escola europeia no Tigre, que se prepara para o Campeonato Paulista de 2017. E com muita intensidade nas atividades, sem treinos apenas voltados à parte física, vem ganhando a confiança e o reconhecimento dos atletas.

Para quem já jogou em Portugal, caso do lateral-esquerdo Breno – defendeu o Vitória de Guimarães –, as atividades neste ritmo não são novidade e quem tem a ganhar é o clube. “O futebol português é muito competitivo. Quando fui, no começo, estranhei muito. É rápido, dinâmico, enquanto aqui é mais estudado. Creio que a vinda do Sérgio vai ajudar muito o São Bernardo e todos a crescerem dentro e fora de campo”, disse o canhotinha, que ainda chegou com boas referências do gajo. “Ouvi falar bem dele lá.”

De acordo com o também lateral pela esquerda Paulo Henrique, os atletas têm de absorver o máximo as instruções que o comandante tem a passar. “Independentemente de quem vai jogar, o mais importante é que sairemos com lição grande, experiência e troca de informação que o treinador está passando. Estou me surpreendendo a cada dia. Contente com essa oportunidade de crescer e evoluir”, afirmou.

Na curta carreira como treinador, Sérgio Vieira, 33 anos, comandou Cartaxo e Condeixa em Portugal, além de Atlético-PR (sub-23 e profissional), Guaratinguetá, Ferroviária e América-MG no Brasil.

ESTRUTURA
Apesar dos seus 23 anos, o lateral-esquerdo Paulo Henrique tem experiência no futebol. Na base, começou no São Paulo, passou pelo Santos, onde se profissionalizou, e depois defendeu o Palmeiras. Ou seja, passou por três dos quatro grandes do Estado. Agora no São Bernardo, ele exaltou o jovem time de apenas 12 anos, em opinião de quem tem propriedade para falar sobre o assunto.

“Me surpreendi com o clube pela estrutura e organização. Os profissionais, o tratamento, procuram dar o respaldo que a gente precisa. Fiquei feliz, porque quando no início as coisas começam certo tendem a terminar certo. Informações que tive de jogadores é que (os dirigentes) cumprem com os deveres e a gente sabe como é difícil isso acontecer hoje em dia”, declarou o jogador.