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Marinho adia debate da eleição da Câmara de S.Bernardo

Prefeito marca reunião, falta e irrita vereadores; só projetos da sessão de amanhã são discutidos

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
09/12/2014 | 07:00
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Montagem/DGABC


O governo Luiz Marinho (PT) organizou reunião ontem, no Paço de São Bernardo, para pedir que a bancada de sustentação, composta por 20 vereadores, dê prioridade à aprovação dos projetos em trâmite na Casa antes de levar adiante a negociação para a mesa diretora da Câmara.

O tom da conversa e a ausência do prefeito irritaram diversos vereadores que participaram do encontro, uma vez que, originalmente, o debate seria em torno do escolhido do governo no pleito interno, e com o chefe do Executivo ouvindo a base sobre quem sucederá Tião Mateus (PT) à frente do Legislativo. Nem mesmo o líder do governo na Casa, José Ferreira (PT), foi ao Paço.

Por interlocutores, Marinho anunciou que só discutirá sobre eleição da presidência da Câmara no dia 18, horas antes da sessão. Esse fato também causou desconforto na bancada de sustentação.

A concorrência pela Câmara se afunilou nos últimos dias, com José Luiz Ferrarezi (PT) e Ramon Ramos (PDT) duelando pela bênção do governo para o pleito. Ferrarezi é favorito do prefeito. Ramon conta com simpatia dos parlamentares da base aliada, que querem alguém de fora do petismo para o posto.
“Não ocorreu mais qualquer conversa sobre a eleição porque precisamos encerrar as atividades na Câmara neste ano e deixar para semana que vem a definição do novo presidente sem qualquer assunto pendente”, adiantou Ferrarezi.

Para a limpeza da pauta, Tião Mateus já instituiu que a sessão de amanhã será permanente. Ou seja, só serão encerrados os trabalhos após término da votação de todos os projetos pendentes.

Cerca de 15 matérias devem ser apreciada pelos vereadores, inclusive a que concede terreno em área nobre, na Avenida Pereira Barreto, ao Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Essa proposta foi adiada por três vezes, em três vitórias consecutivas da oposição.
“A instituição fere a nossa legislação, porque tem fins lucrativos. Temos de ser incisivos e denunciar, caso a maioria entenda que o projeto precise ser aprovado”, considerou o vereador Juarez Tudo Azul (PSDB). O espaço possui 3.830 metros quadrados e está avaliado em R$ 9 milhões, de acordo com números da Prefeitura. Além do Sebrae, três entidades manifestaram interesse em ocupar a área.
Outro texto que será analisado amanhã é a peça orçamentária de 2015, estimada em R$ 4,9 bilhões. 




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