Cultura & Lazer Titulo
Arte transformadora
Sara Saar
Especial para o Diário
04/10/2009 | 07:00
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O ator global João Signorelli classifica a própria vida em antes e depois de Mahatma Gandhi (1869-1948), tamanha foi sua transformação ao viver o líder indiano que sempre propagou a cultura da não-violência.

Escrito por Miguel Filiage, o monólogo "Gandhi, um Líder Servidor" será apresentado amanhã, às 17h, em São Bernardo. Ingressos podem ser adquiridos por R$ 20.

No espetáculo, Gandhi anuncia o início de mais um jejum com o objetivo de despertar a consciência de todos para a paz mundial. Dessa forma, a ideia é que os povos deixem de se alimentar com pensamentos desequilibrados.

Em cartaz há seis anos, a peça incorporou histórias de acordo com leituras de Signorelli, além de canções assinadas por brasileiros como Raul Seixas, Renato Teixeira e Gilberto Gil. "Encontrei frases muito próximas aos pensamentos de Gandhi", aponta. Entre as canções adicionadas, está Por Quem os Sinos Dobram, escrita pelo roqueiro baiano, com destaque para o trecho: É sempre mais fácil achar que a culpa é do outro/ Evita o aperto de mão de um possível aliado.

Uma vez por mês, o ator ainda visita unidades da Fundação Casa para apresentação do monólogo. A proposta é reduzir as fronteiras conforme a filosofia do líder humanitário.

MUDANÇAS - Desde junho de 2003, quando começaram as exibições, Signorelli permite que o personagem transcenda as encenações, de modo a interferir em sua conduta fora dos palcos.

Toda a transformação começou pelo visual: o ator precisa se manter careca. "Sempre tive muito cabelo. Mas adorei o resultado porque sinto o vento na cabeça", conta.

Além da aparência, as mudanças estão no comportamento. São duas metas que lhe dão força interna: evitar as mentiras sociais e manter a coerência entre o pensar e o agir. Na casa do ator, Gandhi está por todos os lados: são imagens, livros e objetos que recebeu de presente.

DO OUTRO LADO - Pacisfista nos palcos, João Signorelli também vive um traficante nas telonas. Ele é o Careca em Salve Geral, longa de Sérgio Rezende que retrata um drama familiar a partir dos ataques do PCC . "Vejo como um desafio para o ator, que pode mostrar as diversas faces do jeito de interpretar. É legal viver figuras opostas", afirma.

Gandhi, um Líder Servidor - Teatro. Amanhã, às 17h. No Grupo Fraternal Bezerra de Menezes - R. Batuíra, 380, São Bernardo. Tel.: 4344- 2222. Ingr.: R$ 20. Capacidade: 500 lugares. (Supervisão Gislaine Gutierre)




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