DIARIO - Como o sr. explica uma votaçao tao expressiva?
SARGENTO GERALDO JULIANO - Esperava receber 6 mil votos. Trabalho com honestidade. O fato de eu estar há 26 anos na Polícia Militar ajuda também em termos de credibilidade.
DIARIO - Que tipo de trabalho o sr. desenvolve junto à populaçao?
SARGENTO JULIANO - Dou atençao às pessoas. Como sou uma pessoa simples, isso facilita a aproximaçao. Nasci na roça e passei fome e sei o quanto é importante trabalhar. Quem entra na Câmara só para ganhar dinheiro tem vida curta.
DIARIO - O sr. pretende continuar na sustentaçao?
SARGENTO JULIANO - Nao conversamos. Estamos com o prefeito até o dia 31 de dezembro mas, embora eu seja contra algumas coisas na administraçao, devemos continuar juntos. Sou contra, por exemplo, o excesso de multas de trânsito. É necessário uma campanha de educaçao.
DIARIO - Que tipo de benfeitorias o sr. conseguiu durante o mandato?
SARGENTO JULIANO - Os pedidos iam desde limpeza em bueiros até asfalto. É uma somatória de tudo que ajudou em minha reeleiçao. Tenho também um escritório na rua Mariana, 902, no bairro Campestre, que passou a ser um núcleo de atendimento popular.
DIARIO - Desde quando o sr. está na vida pública?
SARGENTO JULIANO - Decidi tentar a Câmara em 1992, mas recebi apenas 1.488 votos pelo PDT. Em 1996, tentei novamente pelo PSDB e consegui, com 4.907 votos, ser o quinto mais votado.
DIARIO - Quais sao os seus planos para o próximo mandato?
SARGENTO JULIANO - Tenho de continuar trabalhando. Aprendi muito nestes quatro anos. Continuarei indo à ruas. Em 1997, fui o vereador que mais participou das reunioes do Orçamento Participativo. Todos os prefeitos deveriam adotar esse programa.
DIARIO - A maior prioridade da populaçao de Santo André é a segurança. O fato de o sr. ser sargento contribuiu com a votaçao expressiva?
SARGENTO JULIANO - A gente sabe onde está o problema. Temos contato com os comandos da polícia, mas eu nunca usei a PM para me eleger.
DIARIO - O sr. se sente um homem realizado?
SARGENTO JULIANO - Deixei a enxada na roça, em Jales, para vir para Sao Paulo em 1970, quando arrumei meu primeiro emprego de cobrador. De 1971 a 1974 entrei na empresa Aços Villares. Saí para entrar na PM. Estou em Santo André desde 1975 quando passei a trabalhar no 10º Batalhao da PM. Quando vim do interior só tinha o primário. Voltei a estudar e em 1985 me formei em Direito.
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