Enquanto algumas áreas da cidade de Santo André convivem com faixas de segurança sem manutenção, como é o caso do bairro Jardim, destacado no dia 27 de setembro pelo Diário, em outras regiões a travessia destinada a pedestres atrapalha a vida de moradores. Este é o caso de sinalização asfáltica instalada em frente a garagem, na Rua Matilde, na Vila Camilópolis.
Há duas semanas, a dona de casa Carmen Fernandes Carvalho, 64 anos, notou barulho durante a madrugada e, após olhar pela janela, observou que funcionários da Prefeitura pintavam faixa de pedestres em frente à sua garagem. “Acordei com o barulho deles (trabalhadores) conversando. Com tanta coisa que a gente está precisando, vão colocar faixa de pedestre. Aqui não passa ninguém e, apesar de eu ter sensor de ré para sair da garagem, atrapalha e dá medo de atropelar alguém”, reclama. A equipe do Diário esteve ontem no local e, durante 30 minutos, presenciou a circulação de três carros e quatro pedestres no local.
O funcionário público aposentado Laércio dos Santos, 70, também foi ‘presenteado’ com faixa de pedestres em frente ao portão de sua residência. Para ele, não há necessidade de instalar sinalização asfáltica no local. “Isso é errado, porque aqui não passa nenhum carro e a única escola fica longe”, cita o morador, que reside no local há oito anos e diz jamais ter presenciado acidentes na via.
Empresa existente na rua é representada pelo comerciante Adilson Alsisi, 60, que desde 1979 está no local. “Não tinha necessidade (de colocar faixa de pedestres), porque é entrada e saída de veículos”, aponta.
Em nota, a Prefeitura esclareceu que faixas de pedestres têm a finalidade de indicar pontos seguros para atravessar uma rua e que elas “foram executadas corretamente”. De todo modo, o departamento de engenharia de tráfego vai ao local verificar a origem da demanda e avaliar se elas podem ser remanejadas.