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Aposentadorias marcaram esporte em 2006
Da AFP
21/12/2006 | 09:32
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Os fãs do esporte em todo o mundo ficaram mais nostálgicos em 2006 com as aposentadorias de vários gigantes de suas modalidades, competidores que marcaram para sempre o mundo dos esportes que praticaram e que nunca serão esquecidos pelos seus feitos incríveis.

É o caso do jogador de futebol francês Zinedine Zidane, do tenista norte-americano Andre Agassi e do piloto alemão Michael Schumacher, em uma lista à qual podem ser adicionados o nadador australiano Ian Thorpe e o fundista marroquino Hicham el Guerrouj.

'Zizou' Zidane, definido por muitos simplesmente como "um Deus", pendurou as chuteiras no momento mais crítico de sua carreira, expulso na final da Copa do Mundo da Alemanha, depois de desferir uma cabeçada no peito do italiano Marco Materazzi. No entanto, a carreira deste filho de imigrantes argelinos, criado em um bairro pobre de Marselha, alcançou um nível poucas vezes atingido no futebol contemporâneo.

Considerado um dos maiores jogadores de todos os tempos, foi a figura central na conquista francesa da Copa do Mundo de 1998, realizada na França, que coroou uma trajetória cuja marca registrada foram o tratamento quase carinhoso da bola e a incrível visão de jogo.

Já a aposentadoria de Agassi praticamente encerra todo um ciclo no tênis contemporâneo. O tenista 'carequinha' americano é o único na era dos Torneios Abertos a ter conquistado os quatro Grand Slams (Austrália, Roland Garros, Wimbledon e Estados Unidos), e é o quinto tenista com mais vitórias em toda a história do esporte.

Além disso, completando uma trajetória quase inigualável, venceu a Masters Cup, a Copa Davis e conquistou uma medalha olímpica de ouro, sem mencionar seus 17 torneios Masters Series (mais do que qualquer outro tenista).

Aos 35 anos, Agassi foi derrotado na terceira rodada do Aberto dos Estados Unidos pelo jovem alemão Benjamin Becker, e foi aplaudido por oito minutos, em uma despedida digna de uma verdadeira lenda viva do tênis.

Por sua vez, Schumacher abandonou este ano as pistas onde conquistou nada menos que sete campeonatos mundiais de Fórmula 1. Nas duas últimas temporadas o alemão já não tinha o carro mais veloz da categoria, mas ainda assim conseguiu vencer várias corridas, embora o espanhol Fernando Alonso, da Renault, tenha se confirmado como seu sucessor.

O legado de 'Schumi' para a Fórmula 1 é ainda difícil de avaliar em toda sua dimensão. Seu domínio chegou a tal ponto que a Fórmula 1 perdeu em audiência na televisão depois de sua despedida. A capacidade e regularidade de Schumacher, aliadas à melhor máquina, garantiam a emoção das competições.

Sua regularidade quase mecânica, sua habilidade para não cometer erros correndo sempre no limite e sua obsessão pela vitória o converteram no maior vencedor da história da Fórmula 1, embora também tenha sido o protagonista de momentos polêmicos, com manobras duvidosas, classificadas como desleais por seu críticos.

Na Austrália, o astro Ian Thorpe, o 'Torpedo', anunciou que a falta de motivação e as constantes dores nas costas o levaram a abandonar a natação, em uma decisão que privou as piscinas de um dos maiores astros das últimas décadas.

Thorpe se tornou o mais jovem campeão mundial de natação, quando venceu os 400m no Mundial de Perth em 1998, com apenas 16 anos. O Torpedo dominou os 400m e os 200m nado livre quase sem adversários até 2004, ano dos Jogos Olímpicos de Atenas.

O tímido gigante australiano registrou nada menos que 13 recordes mundiais. Em Atenas, conquistou o ouro nas provas de 200m e 400m e um bronze nos 100m, para se tornar o primeiro nadador a conseguir medalhas nessas três distâncias em uma mesma Olimpíada, façanha que parecia quase impossível.

No atletismo, o marroquino el Guerrouj levou consigo um pouco da magia das pistas de atletismo, embora possivelmente sua saída permita o surgimento de novos talentos nas distâncias nas quais manteve um domínio avassalador, os 1,5 mil metros e os 5 mil metros.

O 'Rei da Milha' é dono de três recordes mundiais vigentes, e foi uma das maiores figuras do atletismo mundial durante toda a década de 1990. Ganhou a prata nos 1,5 mil metros no Mundial de Gotemburgo em 1997, e a partir daí conquistou o ouro nos Mundiais de Atenas 1997, Sevilla 1999, Edmonton 2001 e Paris 2003.

Nos Jogos Olímpicos de Atenas, ficou com o ouro nos 1,5 mil metros e nos 5 mil metros. Chegou a permanecer invicto em mais de 20 provas entre 2001 e 2002, e foi o primeiro atleta a ser considerado o Melhor do Ano segundo a IAAF (Federação Internacional de Atletismo) por dois anos consecutivos.




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