O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), incluiu seis propostas desenvolvidas pela Prefeitura ao Orçamento Estadual para 2012 que, somadas, correspondem a R$ 136,3 milhões. A missão, porém, não deverá ser fácil, já que o governo do Estado pouco tem investido na cidade.

Entre os pedidos projetados por Reali estão construções de 340 unidades habitacionais (R$ 25,1 milhões), recapeamento asfáltico do Corredor ABD - que liga o município a São Bernardo e Santo André - (R$ 4,7 milhões), ligação da Via Imigrantes com a Estrada do Alvarenga (R$ 51 milhões), verba de custeio a programas estaduais em Diadema (R$ 3,4 milhões) e aquisição de equipamentos para o Hospital Municipal (R$ 2 milhões). Juntas, essas demandas equivalem a R$ 86,2 milhões.

Além das requisições municipais, o petista incluiu a construção de um hospital regional de urgência e emergência. O centro hospitalar vem sendo discutido há anos pelo Consórcio Intermunicipal, hoje presidido por Reali. O custo para o hospital é de R$ 50 milhões.

Por diversas oportunidades Reali reclamou do baixo investimento do Governo do Estado em Diadema. Uma das justificativas apresentadas pela administração é o fato de a cidade possuir grande número de adeptos do PT, partido de oposição ao governador Geraldo Alckmin (PSDB). Nos últimos 28 anos, o PT só não administrou Diadema em quatro anos.

No Orçamento Municipal de 2012, protocolado na semana passada na Câmara, as secretarias de Finanças e Planejamento destinaram R$ 135,5 milhões para investimentos no município - a Peça está orçada em R$ 841,1 milhões. Do montante, R$ 118,9 milhões provêm de recursos federais e de bancos financiadores, como o BNDES; R$ 16,5 milhões são do tesouro municipal e pouco menos de R$ 1 milhão corresponde à verba estadual.

Na Saúde, o Executivo estimou R$ 252,2 milhões, sendo que R$ 179 milhões são de recursos próprios, R$ 72 milhões da União e R$ 950 mil do Governo do Estado.

O poder de investimento, segundo Reali, pode crescer com emendas parlamentares. Atualmente, Diadema tem a deputada Regina Gonçalves (PV) na Assembleia Legislativa e o ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) na Câmara dos Deputados, em Brasília.