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Cesta básica da região cai 0,76% em fevereiro
Verônica Lima
Do Diário do Grande ABC
03/03/2008 | 07:07
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Em fevereiro os consumidores do Grande ABC desembolsaram 0,76% a menos pela cesta básica do que em janeiro. Com a redução, o preço do conjunto de primeira necessidade que antes era de R$ 297,53 passou para R$ 295,27.

Segundo a pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), as quedas nos preços do tomate (35,19%), da batata (16,63%), do frango (6,81%) e da carne bovina de primeira (6,78%) contribuíram para uma economia de R$ 2,26.

“Os cortes bovinos de primeira apresentaram preços em baixa devido à elevação da oferta, juntamente com a aproximação do pico de safra, o período de Quaresma (em que parte da população reduz o consumo) e o embargo da União Européia para importação das carnes brasileiras, com represamento do produto no mercado interno”, explica Fábio Vezzá de Benedetto, engenheiro agrônomo da Craisa.

É provável que o valor caia mais no próximo mês, embora a União Européia tenha voltado a permitir a entrada de carne brasileira no continente. O motivo para essa perspectiva é que a quantidade de fazendas brasileiras com autorização para exportação (106) é bastante inferior às 2.800 fazendas listadas anteriormente.

Já a queda do tomate é justificada pela ótima safra das regiões produtoras, como Sumaré, Apiaí e Mogi Mirim (SP), que foram as responsáveis pelo aumento da oferta do produto neste mês, e com isso provocaram um recuo no preço cobrado pelos estabelecimentos das sete cidades.

Mais caros - Já a dupla arroz e feijão, combinação predileta da maioria dos brasileiros, apresentou preço salgado em fevereiro. O arroz subiu 6,54% e o feijão carioca teve alta de 11,49%.

Para o técnico agrícola da Craisa, Joel Diogo de Arruda Guerra, o aumento do feijão carioca em janeiro foi influenciado pelas primeiras semanas do mês, marcadas pela oferta reduzida, provocando assim preços a patamares recordes na média mensal.

“Já o encarecimento do arroz foi ocasionado pelas indústrias, que não entraram com força no mercado com o objetivo de coagir as quedas dos preços pagos ao produtor. Com isso, as redes varejistas continuaram desabastecidas e o valor subiu”, afirma Guerra.

Além disso, o óleo de soja subiu 5,72%, o sal refinado 5,03% e ovos brancos, 4,4%.




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