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PF tem lista de prefeituras envolvidas no escândalo das ambulâncias
11/05/2006 | 00:02
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Além de declarar à Polícia Federal que 170 parlamentares estão envolvidos no esquema de venda de ambulâncias superfaturadas, desbaratado pela Operação Sanguessuga, a ex-assessora do Ministério da Saúde Maria da Penha Lino também entregou aos policiais um disquete contendo a listagem de todas as prefeituras que compraram ambulâncias com dinheiro de emendas do Orçamento operadas pelos donos da Planam nos últimos anos.

A listagem traz a especificação da ambulância, o valor da compra, a prefeitura compradora e a emenda orçamentária que a financiou. O cruzamento dos dados do disquete com a relação das emendas apresentadas pelos deputados ajudará a Polícia Federal a qualificar o envolvimento dos parlamentares citados por Penha no esquema. A ex-assessora também afirmou possuir uma cópia, igualmente em disquete, de todas as operações que a Planam mantinha em seus computadores na data em que ela deixou a empresa, em março de 2005. Esse disquete, no entanto, ainda não foi entregue à PF. Segundo o advogado de Penha, Eduardo Mahon, o disquete está sendo localizado.

Durante seu depoimento, a ex-assessora, que tenta obter o benefício da delação premiada, conseguiu identificar em uma lista 83 dos 170 parlamentares que ela afirma integrarem o esquema de subscrição de emendas para ambulâncias em troca de propina. Mas Penha assegurou que, com a listagem de emendas, ambulâncias e projetos apresentados pelas prefeituras, será capaz de se recordar dos demais nomes. No depoimento, Penha deu detalhes sobre a forma de operação de alguns parlamentares específicos, em especial os de Mato Grosso, onde morava antes de se mudar para Brasília.

Entre eles, está o progressista Pedro Henry. Nos grampos da PF, há um diálogo entre a ex-assessora e um colega no qual os dois comentam que, dos parlamentares que conheciam, Henry seria o mais merecedor de “ajuda” pelo fato de tê-los ajudado no passado.

Em novembro do ano passado, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) encaminhou ao Ministério Público Federal um relatório comunicando movimentações financeiras suspeitas feitas pelas empresas do grupo montado por Darci Vedoim, o empresário que chefiava o esquema.




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