O caos típico de São Paulo foi deixado ao lado para dar espaço ao entretenimento. O fim de semana da capital foi agitado pela edição da Virada Cultural, que movimentou uma série de apresentações artísticas entre as 18h do sábado e às 18h de ontem - inclusive com atividades ocorrendo durante a madrugada.

Em sua sexta edição, o evento movimentou cerca de quatro milhões de pessoas, segundo dados da Prefeitura de São Paulo. O número se equivale ao público do ano passado, mas fica abaixo dos cinco milhões previstos pela organização da festa.

Um total de 4,3 mil policiais, entre militares e civis, trabalharam na segurança. O balanço oficial aponta que 10 postos médicos e 120 ambulâncias foram espalhados pela Capital. Apesar de tudo, não puderam evitar a morte de um jovem de 17 anos na madrugada de ontem. A tragédia ocorreu devido a uma briga de facas nas proximidades da Avenida São João.

O local abrigou o palco destinado aos shows de rock e foi uma das mais procuradas atrações. Passaram por ali os grupos Titãs, Grand Mothers e Velhas Virgens, além de Arnaldo Antunes e a baiana Pitty.

A cantora fez participação especial ao lado da banda Raimundos e do CPM 22, do vocalista Badauí e optou por ficar longe de seu repertório comum. Com esse último, Pitty relembrou sucessos do grupo norte-americano Ramones.

A tradicional Praça da República, abrigo dos roqueiros em edições passadas, cedeu espaço para o samba. Os fãs viram gratuitamente performances de grandes nomes do gênero, casos de Elza Soares e Arlindo Cruz.

Não só de música viveu a Virada Cultural. A Praça Pedro Lessa foi tomada pela arte circense com a apresentação de diversas companhias do gênero. Destaque para a presença da Cia. Pia Fraus, que alegraram o público com os espetáculos Bichos do Brasil e Gigantes de Ar.

Neste ano, a Prefeitura disponibilizou para o evento cerca de R$ 5 milhões para o pagamento de cachês dos artistas contratados.