A derrubada do muro que impedia a entrada de alunos na antiga sede do DA (Diretório Acadêmico) da Fafil (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras), na Fundação Santo André), dividiu a opinião dos alunos. O ato aconteceu na terça-feira, próximo ao horário do intervalo do noturno, e encerrou as aulas do período. Os alunos, que vestiam máscaras com o rosto do reitor, Oduvaldo Cacalano, destruíram parte da parede a marretadas.

Segundo integrantes do DA que não quiseram se identificar, a sala era utilizada como centro de convivência, mas foi murada durante as férias, sem aviso. "O espaço era dividido em cozinha, sala com computador, ateliê de artes, sala de vídeo e biblioteca. Também havia xerox e uma feirinha que arrecadava dinheiro para manter as atividades. Tudo isso acabou. E nossas coisas não foram devolvidas, estão guardadas em um galpão", reclamou uma integrante da antiga presidência do DA.

Ela afirma que a faculdade teria prometido passar o diretório para outra sala. "Mas eles não entregam as chaves porque dizem que nosso diretório é ilegal. Mas toda vez que tentamos nos registrar em cartório, dificultam o processo."

A suposta falta de diálogo justificou o ato, que os alunos ligados ao DA classificam como movimento de luta. Já para outros estudantes, trata-se de minoria. "Enquanto fazem bagunça, ficamos sem aula. Pago a faculdade, assim como todos que estão aqui. Violência não é o caminho", disse um estudante.

A direção da Fundação Santo André afirmou que irá apurar o ato de vandalismo e tomar as devidas providências, caso identifique os alunos. Para isso, imagens das câmeras de segurança da Fafil serão analisadas.