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Oxiteno vai investir US$ 70 mi em Mauá para ampliar produção
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
13/11/2006 | 21:54
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A empresa Oxiteno, pertencente ao grupo Ultrapar, investe US$ 70 milhões em sua fábrica em Mauá, para ampliar a capacidade produtiva de óxido de eteno (intermediário químico com aplicações em diversos segmentos, entre os quais, tintas, cosméticos, alimentos etc.) de 52 mil toneladas anuais para 88 mil em 2008.

Líder nesse mercado na América Latina, a Oxiteno prevê ganhar um impulso de US$ 100 milhões em seu faturamento por conta da expansão dessa filial. Além dos US$ 70 milhões na unidade do Grande ABC, outros US$ 130 milhões serão gastos na unidade de Camaçari (BA), que passará dos atuais 260 mil toneladas anuais para 350 mil toneladas/ano do produto em 2009. A meta é incrementar em 40% a capacidade de produção total do óxido de eteno nas duas fábricas.

O aumento de produção será possível graças a acordos com duas produtoras de eteno (item petroquímico básico que é matéria-prima para a Oxiteno), a PQU – localizada no Pólo Petroquímico de Capuava – e a Braskem, situada em Camaçari (BA). Haverá disponibilidade adicional da matéria-prima na região em decorrência da expansão da PQU, que vai ampliar em 233 mil toneladas a produção de eteno a partir de 2008. A intenção com o plano de expansão é atender ao crescimento da demanda no mercado pelos próximos anos.

Resultados – A Oxiteno alcançou receita líquida de R$ 435 milhões no terceiro trimestre deste ano, o que significou uma alta de 6% em relação a mesmo período de 2005. Segundo o diretor-superintendente da companhia, Pedro Wongtschowski, houve uma melhora de 8% no volume de vendas (toneladas) no mercado interno, em conseqüência de uma estratégia comercial acertada. “Conseguimos capturar ganhos de escala, com a mesma estrutura de custo”, afirmou. A empresa ampliou suas vendas de especialidades químicas (derivados do óxido de eteno), que compensaram uma elevação do custo do eteno e da valorização do real.

Com a ajuda da Oxiteno, o grupo Ultrapar registrou R$ 89 milhões de lucro líquido de julho a setembro, 32% a mais do que o obtido nos mesmos três meses de 2005. O grupo controla ainda a empresa Ultragaz, líder em distribuição de GLP (Gás Liqüefeito de Petróleo) no país e a Ultracargo, do ramo de transporte e armazenagem.

A Ultrapar, que também se beneficiou do mercado mais aquecido no segmento de GLP neste ano, espera igualar neste ano os resultados de 2005. Mas um cenário é mais favorável. Há uma tendência de alta, depois da deterioração gradual dos ganhos ao ongo do ano passado.




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