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Desempenho ruim piora crise entre PSDB e PFL
25/05/2006 | 00:07
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O fraco desempenho do pré-candidato do PSDB a presidente, Geraldo Alckmin, nas pesquisas de intenção de voto provocou uma crise entre tucanos e pefelistas no comando da campanha. Irritado com as circunstâncias e com as críticas de pefelistas, o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), mandou um recado público à cúpula do PFL: “Chegou a hora de dar um basta! Chega de brincadeira! Esse negócio de setores do PFL estarem batendo no PSDB e no candidato não dá mais. Ou é aliado ou não é”.

Antes mesmo que Tasso cumprisse a promessa de levar seu protesto ao presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), a cúpula pefelista já havia tomado conhecimento de seu desabafo. Bornhausen admitiu que “se todo mundo falasse menos, não haveria problema”, mas reagiu à fala de Tasso com uma cobrança: “É preciso organizar a campanha”. Em seu estilo franco e direto, o presidente do PFL apontou de público “o improviso na organização da campanha”, que tem sido motivo de críticas não só de pefelistas, mas também de tucanos.

Bornhausen quer que Tasso crie o conselho político da aliança, do qual deverão participar os presidentes dos dois partidos aliados, os três líderes do PFL, PSDB e da minoria de oposição na Câmara e no Senado, os coordenadores da campanha e, é claro, o pré-candidato e seu vice, senador José Jorge (PFL-PE) O presidente do PFL está convencido de que o maior problema da campanha de Alckmin hoje é a falta de organização. “É preciso ter uma pessoa para dar a última palavra. E esta pessoa é o candidato”, disse ele ao propor que o conselho se reúna semanalmente a partir da próxima segunda-feira.

Quarta-feira, coube a José Jorge tomar a iniciativa da conversa com Tasso para aparar as arestas e tentar pôr fim à crise. A formalização da aliança, prevista para segunda-feira em Recife, terra do vice, foi adiada. Como pefelistas e tucanos querem transformar a cerimônia em evento nacional, com a participação do maior número possível de líderes dos dois partidos, ficou decidido que a parceria será oficializada em Brasília, na quarta-feira 31 de maio.

O que mais irritou Tasso foram as estocadas do líder do PFL na Câmara, Rodrigo Maia (RJ). Indagado mais cedo sobre os problemas na candidatura tucana, Maia elogiou o candidato e criticou o presidente do PSDB. “O problema não é o candidato, e sim a falta de organização da coordenação”.

Tucanos e pefelistas estavam unidos na avaliação de que o mau desempenho deve-se à propaganda massiva do governo no rádio e na televisão e da forte presença do presidente no noticiário nacional.




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