Política Titulo Fundo partidário retido
PMDB de Ribeirão fica inativo por não prestar contas

Saulo, que preside legenda na cidade, garante regularizar a situação

Por Caio dos Reis
Especial para o Diário
07/11/2015 | 07:00
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Celso Luiz 2/2/15


O diretório do PMDB de Ribeirão Pires, partido do prefeito Saulo Benevides, está inativo, segundo o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) por não prestação de contas partidárias anuais referentes ao exercício de 2014. Além de prefeito da cidade, Saulo preside a direção peemedebista e disse que espera resolver a situação o mais rápido possível. O diretório está sub judice desde junho de 2015.

“A reforma eleitoral recém-aprovada fez com que esse tipo de problema com prestação de contas faça com que o diretório local apenas deixe de receber o repasse do fundo partidário. Ele (partido) pode lançar candidatos a vereador e prefeito tranquilamente”, explicou o advogado especialista em Direito Eleitoral Leandro Petrin.

Em maio, a executiva estadual do PMDB decidiu dissolver a antiga composição do diretório de Ribeirão Pires e colocar o comando da legenda de Ribeirão nas mãos do prefeito Saulo Benevides – anteriormente ele ocupava posição de terceiro suplente. O antigo presidente era Francisco Lucílio do Nascimento, aliado do chefe do Executivo.

A decisão de troca do comando partidário a menos de um ano da eleição de 2016 tinha o intuito de fortalecer a parte política do governo e fazer com que Saulo liderasse pessoalmente a costura do arco de alianças em sua tentativa de reeleição. Os pré-candidatos ao Paço Adler Kiko Teixeira (PSB), Rosi de Marco (PSDB), Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), e Luiz Carlos Grecco (PRB) serão alguns dos adversários de Saulo nas urnas no próximo ano e, pelas pesquisas, o prefeito não aparece entre os favoritos.

“O presidente que estava (Lucílio) não prestou contas, mas já estamos resolvendo a situação”, afirmou Saulo, de forma sucinta.

Segundo especialistas, a situação pode ser resolvida de duas maneiras. “Ou o partido acerta a questão e presta contas ou o diretório estadual faz a nomeação de uma nova comissão provisória”, disse João Fernando Lopes de Carvalho, advogado especialista em Direito Eleitoral. Carvalho e Petrin acreditam que dificilmente a situação não será resolvida a tempo da eleição municipal. “É uma regularização simples”, declarou Carvalho. 




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