Ainda não é desta vez que Santo André chega para ser campeã dos Jogos Abertos do Interior. A cidade retorna à Primeira Divisão nesta temporada, sonhando em se manter entre as melhores.

"Nossa expectativa é ficar entre os seis primeiros. No ano passado, terminamos em quarto lugar na Segunda Divisão e, pela dificuldade e nível da Primeira Divisão, o título seria uma coisa difícil porque ainda não é possível brigar de igual para igual com São Caetano", reconheceu o diretor do Departamento de Esportes, Almir Padalino.

Historicamente, as duas cidades se equivalem, cada uma com 12 títulos. Mas a última conquista de Santo André completa 21 anos. "O trabalho é para diminuir esta vantagem daqui para frente. Poderemos voltar a sonhar com o título a partir do momento em que as empresas participarem mais. Dentro de quatro ou cinco anos disputaremos mais pesado", apostou o dirigente. "Agora, vamos tentar tirar a diferença como fizemos nos Jogos Regionais (organizados pela cidade). A missão é árdua porque vamos enfrentar grandes equipes."

EM CASA - Com uma delegação de 420 atletas, a cidade optou por não se alojar em São Caetano durante o período de competição. Segundo Padalino, a proximidade entre os dois municípios torna possível que os atletas desfrutem do conforto de suas próprias casas sem comprometer a participação no evento.

A exemplo do que aconteceu em edições anteriores, a força de Santo André será a prata da casa. "Nossa visão é trabalhar com categorias de base de maneira atuante porque se não fizermos isso, sempre precisaremos trazer gente de fora", explicou Padalino, para quem os Abertos e Regionais oferecem uma experiência importante para os jovens competidores. "Eles fomentam o esporte em toda a região porque se você pensa só em Federações, nem todas as cidades podem participar de todos os torneios. Além disso, permitem que os atletas se confraternizem e criem experiências, favorecendo o convívio com atletas olímpicos."

Com orçamento de R$ 1,8 milhão para os Jogos Abertos, Santo André participará de todas as modalidades, exceto biribol (no qual não teve representante nos Regionais). As principais esperanças de resultados estão na tradicional equipe feminina de basquete, comandada pela experiente Laís Elena Aranha, futsal masculino, judô, xadrez, handebol feminino, tênis e tênis de mesa. "Também podemos conseguir bom desempenho na malha e bocha porque conhecemos bem a cancha de competição", completou Padalino.