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Divisas terão combate à dengue em 2013
Por Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
22/11/2012 | 07:00
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São Bernardo pretende retomar neste mês o diálogo com as cidades que fazem divisa com o município para realizar trabalho conjunto de combate à dengue. A ideia é que o plano, com foco nas áreas de fronteira com Santo André e Diadema, saia do papel a partir de janeiro.

Após lançar campanha de combate e conscientização a respeito do mosquito Aedes aegypti, a meta é focar nas regiões consideradas prioritárias, explica a chefe de divisão do Centro de Controle de Zoonoses de São Bernardo, Fabiana Paniagua.

Estão na lista dos pontos que merecem atenção o bairro Baeta Neves, na área da Chácara Baronesa, divisa com Santo André, e bairro Taboão, na fronteira com Diadema, por exemplo. "Temos preocupação ainda com o Centro, Paulicéia, Rudge Ramos, Jardim Independência e Bairro Cooperativa, que são áreas mais quentes e, portanto, mais suscetíveis à reprodução do mosquito", destaca Fabiana.

A cidade também está ao lado de São Caetano e São Paulo, no entanto, essas divisas não são prioridades, por apresentar menos focos.

As conversas entre os municípios tiveram início em outubro, mas de acordo com Fabiana não avançaram por conta do período eleitoral. "Vamos tentar retomar esse diálogo para uma atuação conjunta que será iniciada a partir do dia 20 de janeiro."

Segundo a chefe de divisão do Centro de Controle de Zoonoses, as ações são necessárias porque o transmissor da dengue não respeita divisas. "Nossa população está extremamente vulnerável", diz. Procurados, os municípios de Santo André e Diadema não informaram se pretendem aderir ao plano de combate nas divisas.

RIBEIRÃO

Ribeirão destacou que irá reforçar as ações contra o mosquito transmissor na fronteira com Mauá a partir de amanhã. A proposta é intensificar o monitoramento de terrenos baldios e a orientação aos moradores.

Já Mauá realizará mutirões com as comunidades que vivem nas divisas com Ribeirão Pires e São Paulo, por meio de esclarecimentos.

OUTRAS AÇÕES

Santo André garantiu que continuará com o trabalho feito casa a casa nas dez áreas urbanas e uma rural do município e que considera como maior dificuldade o grande percentual de casas fechadas e abandonadas. O trabalho envolve pesquisa de pontos estratégicos, fiscalização dos ecopontos, educação, bloqueio de criadouros, vistoria a imóveis especiais, entre outros. Para isso, a cidade dispõe de 325 profissionais.

Em Diadema, o CCZ pretende definir o que será feito referente à intensificação das ações contra a dengue na próxima semana. Entretanto, a Prefeitura destaca que é realizado monitoramento permanente e trabalho educativo. As tarefas envolvem cerca de 500 funcionários.

São Caetano destaca que não intensifica a prevenção em área específica, já que os trabalhos são feitos por toda a cidade, e que não tem projeto em conjunto com os demais municípios.

Apesar de queda de casos, ciclo da doença preocupa

O número de casos autóctones de dengue no Grande ABC (pessoas que se contaminaram na região) teve queda de 98% entre janeiro e outubro de 2012 em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 43 casos de infecção neste ano contra 394 em 2011.

Apesar de positivo, o número não elimina a preocupação acerca da contaminação por dengue, já que se trata de problema cíclico, suscetível a aumento de pessoas contaminadas, em média, a cada três anos.

"Sempre observamos que há um ano de queda no número de casos, como foi o de 2012, e alta no período seguinte", observa Fabiana Paniagua.

De acordo com dados do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde, Santo André lidera o ranking entre os municípios, com 18 casos autóctones em 2012. Em Diadema foram 15, São Bernardo 9, e Mauá 1. Ninguém foi infectado pelo mosquito Aedes aegypti em São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.




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