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Para Atila, PT vai lotear cargos do Paço de Mauá com forasteiros

Prefeito e candidato à reeleição diz que Marcelo ‘esconde que é do petismo’ e que partido empregará militantes de outras cidades

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
28/11/2020 | 00:44
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DGABC


O prefeito de Mauá e candidato à reeleição, Atila Jacomussi (PSB), tem criticado o adversário, o vereador Marcelo Oliveira (PT), por inflar a campanha neste segundo turno com correligionários de outras cidades. Para o socialista, a conduta indica que, se eleito, o petista vai “lotear” os cargos comissionados da Prefeitura e empregar forasteiros na administração.

No confronto final com Atila, a campanha de Marcelo tem contado com reforço de militantes petistas de cidades do Grande ABC onde a disputa se encerrou no primeiro turno. Na reta derradeira, o PT vê em Diadema e em Mauá as únicas chances onde pode voltar a governar na região, tida como berço político do partido.

Em contraponto, Atila tem evocado o retrospecto do PT em escândalos de corrupção no País ao longo dos últimos anos. “Eu nem lembro quem é meu adversário. Meu adversário é o PT e ele (Marcelo Oliveira) esconde e continua escondendo que é do PT. O cara que esconde sua identidade não pode governar uma cidade. Alguém que traz militância de fora da cidade é a mesma coisa de barganhar cargos para o futuro e lotear a Prefeitura. Eles fazem tudo ao contrário do que eles demonstram”, afirmou o prefeito.

Atila rejeita a tese de que sua campanha subiu o tom contra Marcelo, que, por outro lado, também elevou os ataques ao socialista ao relembrar as duas prisões ao longo do mandato. “Essa questão da militância (inflamar o discurso) é normal. Em primeiro lugar, a diferença é que nossa campanha foi a única a apresentar plano de governo, que prestou contas do que fez. Eles fizeram ataques, ataques e ataques. Nós estamos mostrando para a população que a cidade não quer a política do ataque, a velha política, a política de falar mal da vida das pessoas. O povo quer resultado, e isso está nas ruas.”

O prefeito também comentou sobre os apoios de candidatos que ficaram para trás no primeiro turno. Para Atila, a adesão do ex-prefeito Donisete Braga (ex-PT, hoje PDT) à campanha de Marcelo era esperada. “O Donisete é o pai do Marcelo, pode escrever. Não tem surpresa nenhuma (a união da dupla no segundo turno). O Marcelo não é nada sem o Donisete. Foram eles que, inclusive, operaram a saída da Leblon em Mauá”, disparou. Entre 2013 e 2016, durante a gestão de Donisete, ainda no PT, Marcelo foi presidente da Câmara. O início da gestão do hoje pedetista foi marcado pela turbulenta troca na gestão do transporte na cidade, que resultou no ingresso da Suzantur. Neste pleito, Donisete ficou em sexto lugar, com 2,68% dos votos.

NOVO VICE
Diferentemente da disputa de quatro anos atrás, Atila concorre neste ano com chapa pura. A estratégia visa, em eventual segundo mandato, evitar novos rachas com o vice-prefeito em caso de novos impasses jurídicos. Neste ano, o socialista escolheu como parceiro de chapa o advogado Israel Aleixo, o Bell (PSB), seu aliado de primeira hora. Há quatro anos, a aliança foi com o clã Damo – a escolhida foi Alaíde Damo (MDB), mulher do ex-prefeito Leonel Damo. Com os afastamentos do prefeito, a emedebista demitiu os aliados do socialista e configurou seu próprio governo.
 




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