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Entidades apóiam mudança de feriados
Por André Vieira
Orlando Müller
05/10/2009 | 07:01
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Tramita no Congresso projeto de lei estabelecendo que os feriados nacionais que caírem entre as terças e sextas deverão ser celebrados, por antecipação, nas segundas-feiras. Autor da proposta, o deputado federal Milton Monti (PR-SP) justifica que a transferência é necessária, pois os feriados que caem no meio da semana prejudicam a economia do País.

No Grande ABC, enquanto as prefeituras informam que pretendem se posicionar sobre o assunto somente depois que o projeto passar pelo Senado e for sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, as associações comerciais acreditam que a medida trará impactos positivos imediatos.

Pela proposta do deputado, ficam de fora da regra apenas os feriados da Paz Universal (1º de janeiro), Carnaval, Sexta-feira Santa, Independência (7 de setembro) e o Natal (25 de dezembro).

Se a determinação estivesse valendo a partir do ano que vem, os feriados de Tiradentes (21 de abril), Corpus Christi (3 de junho), Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro) e Finados (2 de novembro) teriam data alterada. Em 2010, apenas o Dia do Trabalho (1º de maio), que cairá no sábado, e a comemoração da Proclamação da República (15 de novembro), uma segunda-feira, seriam mantidos.

O deputado argumenta que, prolongando os feriados com o sábado e o domingo, as famílias brasileiras poderão se programar para melhor aproveitar o dia de folga. Do mesmo modo, os setores comerciais e industriais teriam menos prejuízos com a semana organizada sem dias úteis intercalados.

ECONOMIA - O presidente da Acisa (Associação Comercial e Industrial de Santo André), Sidnei Muneratti, lembrou que iniciativa similar vigora na Europa e que esta não é a primeira vez que se debate. "Me recordo que os governos tentaram, no passado, disciplinar os feriados, para que caíssem sempre segundas ou sextas, mas isso não deu certo, pois existem datas que perdem o sentido quando não são comemoradas no dia exato."

Mesmo lembrando os fracassos anteriores, Muneratti admite que a iniciativa será proveitosa para toda a sociedade, sobretudo para a economia."Ter uma série de feriados em dias alternados gera problemas econômicos para vários setores. Alguns até conseguem se aproveitar deste aspecto, mas, principalmente, para o setor industrial, é muito prejudicial para a organização da produção."

Com exceção de Mauá e Rio Grande da Serra, que não atenderam a reportagem do Diário, as prefeituras comunicaram que irão esperar a aprovação do projeto, que ainda não tem prazo para ocorrer, para avaliar a possibilidade de estender a norma para os feriados municipais.

Para o presidente da Aciam (Associação Comercial, Industrial e Agropecuária Mauá), Sidnei Garcia, a medida trará benefícios. "Todo feriado no meio da semana acaba matando a semana inteira. Alguns segmentos aproveitam, outros não, mas sempre acaba prejudicando. Puxar o feriado para a segunda vai fazer com que a semana não seja interrompida, ainda que tenha apenas quatro dias úteis."




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