Cultura & Lazer Titulo Televisão
A Grande Família se
despede após 14 anos

Os Silva dizem adeus à televisão na próxima
quinta-feira, mas família pode voltar em filme

Por Miriam Gimenes
do Diário do Grande ABC
08/09/2014 | 07:07
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Ellen Soares/Globo


Exatos 4.914 dias separam o primeiro capítulo do derradeiro de A Grande Família. Durante 14 anos, a série, exibida semanalmente na Rede Globo, divertiu o público, abordou temas polêmicos, perdeu integrante – o saudoso Rogério Cardoso (Seu Floriano) –, concorreu a prêmios e virou filme. Mas, chegou a hora de dizer tchau e os Silva se despedem da televisão brasileira na próxima quinta-feira.

Encerrar um trabalho de mais de uma década não é fácil. Ainda mais quando se trata da série mais longa da televisão brasileira – que teve sua primeira versão nos anos 1970 – e com sucesso de audiência. Mas o diretor-geral Luis Felipe Sá conta que foi uma decisão conjunta da equipe. “É um desejo do elenco de experimentar outros desafios e parar ainda na crista da onda.” Segundo ele, o sucesso durante todo esse período se deu por ser uma comédia inteligente e popular, com poder de crítica aos costumes, com princípios éticos elevados e afetividade como motores principais dos personagens.

Para o capítulo de adeus – que o público já degustou algumas cenas na última quinta –, Sá promete comédia com a maestria habitual. No time escalado, além do tradicional elenco, só tem feras: Tony Ramos será Lineu, Glória Pires a Nenê, Lázaro Ramos o Agostinho, Deborah Secco a Bebel, Marcelo Adnet o Tuco, Alexandre Borges o Paulão, Luana Piovani a Lurdinha, Rufino o Florianinho e Daniel Filho o diretor da Globo. Para os fãs da sériea há esperança. “A Grande Família teve a primeira versão nos anos 1970, a segunda nas décadas de 2000 e 2010. Quem sabe não vem uma terceira em breve? Ou um segundo filme?”, diz Sá. Só o tempo dirá.

ACABOU
O ator e cantor Marcos Oliveira, que interpretou o Beiçola, diz ter sido um prazer trabalhar em A Grande Família, mas confessa que agora sente gosto de liberdade. “O mercado é assim: quando se fica muito tempo interpretando um personagem acham que não é capaz de fazer outra coisa. Todos acham que sou o Beiçola, então é uma libertação.” Oliveira, que nasceu e cresceu em Santo André – inclusive estava na inauguração do Teatro Conchita de Moraes e se apresentou no Municipal à época da Ditadura Militar – pretende fazer shows cantando clássicos da Música Popular Brasileira. Na trilha estão Noel Rosa, Cartola, Ary Barroso, Dorival Caymmi, entre outros. 




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