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Novo relatório sobre guerra no Líbano critica Olmert
Por Da AFP
18/07/2007 | 15:35
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O primeiro-ministro israelense Ehud Olmert é severamente criticado por seus "erros intoleráveis" em relação à proteção de civis durante a guerra de 2006 no Líbano, em um novo relatório oficial publicado nesta quarta-feira.

"O primeiro-ministro Ehud Olmert e o ex-ministro da Defesa Amir Peretz fracassaram gravemente em suas tomadas de decisão, suas avaliações e sua gestão da defesa passiva durante a guerra no Líbano", afirma o documento de 582 páginas.

Segundo o texto redigido pelo procurador do Estado, Micha Lindenstrauss, "os graves fracassos comprovados atingiram, infelizmente, um nível intolerável".

Lindenstrauss critica o governo, o exército, os bombeiros e os sistemas de saúde pelas graves falhas na proteção da população civil.

O relatório atribui a responsabilidade principal a Ehud Olmert, mas também cita o então ministro da Defesa, Amir Peretz, o chefe do Estado maior na época da guerra, o general Dan Haloutz, além do comandante da defesa Yitzhak Gershon.
 
Em tempos de guerra, estima o procurador, o governo e o exército devem resolver as necessidades essenciais da população, e garantir a manutenção dos abrigos públicos, os resgates e os serviços médicos e administrativos.

"Os dirigentes do país dedicaram a maior parte de seu tempo aos esforços de guerra e não à retaguarda que foi alvo de intensos ataques desde o início do conflito", escreve Lindenstrauss.

O procurador também destaca que "a falta de preparação da retaguarda para uma situação de urgência é o resultado da negligência de sucessivos governos (...) Na maioria dos casos as soluções foram parciais, inadequadas e tardias".

O documento foi entregue à presidente do Knesset (Parlamento), Dalia Yitzik, e será objeto de um debate parlamentar, em data ainda não definida, antes do eventual voto de uma moção de confiança ao governo de Olmert.

Mais de 4 mil foguetes foram disparados pelo grupo xiita libanês Hezbollah contra o norte de Israel durante os 34 dias de combate em meados de 2006, matando 163 pessoas, entre elas 44 civis, e obrigando um milhão de israelenses a buscarem proteção em abrigos improvisados ou a fugir em direção ao sul.



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