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rotina de jovens do
Jardim Oratório

Cia.Quartum Crescente oferece oficinas e reforço escolar em bairro carente

Por Guilherme Monfardini
Especial para o Diário
01/06/2013 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Todos os dias, na favela do Jardim Oratório, em Mauá, a ONG Cia. Quartum Crescente abre as portas com uma missão: mudar o destino das 120 crianças e adolescentes que participam do projeto Menin@s do Morro. “Estamos aqui para complementar o que eles aprendem na escola, de forma lúdica, e também para que eles possam descobrir outras habilidades”, explica um dos diretores da entidade, Allan de Jesus Teixeira.

A intenção é trabalhar em conjunto com as escolas da cidade, para garantir o pleno desenvolvimento das crianças, e ainda evitar que passem nas ruas o tempo livre que têm fora das unidades.

As aulas de reforço escolar são ministradas de maneira nada tradicional, de modo que as disciplinas conversem entre si. “Quando estamos aprendendo artes, a gente desenha e pinta. Isso faz pensar sobre matemática. Para caber o desenho no papel, tem que usar as técnicas de redução ou de ampliação. Isso é entender Matemática”, exemplificou o estudante Matheus Marçal Aguiar, 12 anos.

Para o professor e mestre de capoeira Jason Martins Gomes, as atividades estimulam avanços tanto do ponto de vista comportamental quanto intelectual. “Os alunos que eram considerados problemáticos antes de entrar no projeto mudaram muito. Os professores das escolas dizem que agora eles são os melhores, os exemplos para a turma”, afirmou.

Um dos indicativos do quanto a comunidade do entorno valoriza o trabalho realizado pela ONG são as comemorações realizadas no fim do ano. Em dezembro, a festa reuniu 500 pessoas, que foram prestigiar as apresentações. Neste ano, a escola de teatro apresenta duas peças: Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, e O Cortiço, de Aluísio de Azevedo. A renda obtida com os ingressos é uma das fontes de recurso da ONG, que conta também com patrocínio da Petrobras.

Prêmios

As ações desenvolvidas pela Cia. Quartum Crescente já fizeram com que os alunos se destacassem fora da entidade. Um dos motivos de orgulho é o artista Douglas Meira. “Ele tinha o sonho de trabalhar no Cirque du Soleil. Nas nossas oficinas de circo, ele batalhou bastante e conseguiu. Ficou cinco anos no Japão apresentando os espetáculos da companhia”, contou Teixeira.

Outro caso que chama a atenção dos colaboradores da ONG, pela superação, é o da menina Laisla da Silva Paixão, 10 anos. “Ela teve paralisia infantil, mas mesmo assim vem aqui para as aulas, ela adora dançar e pular”, relatou a responsável pelo projeto Menin@s do Morro, Cláudia Balbino Berto.

Cláudia acreditava que a falta de acessibilidade do prédio intimidaria a garota.Mas Laisla começou a frequentar assiduamente as oficinas. “Ela está há um ano no projeto e o desenvolvimento dela é visível”, comemora.Projeto transforma<br>rotina de jovens do<br>Jardim Oratório




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