Setecidades Titulo Coronavírus
Policiais querem prioridade na vacinação

Categoria não está incluída no plano inicial de imunização divulgado pelo governo do Estado

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
17/12/2020 | 00:01
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André Henriques/DGABC


A Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) enviou ofício ao governo do Estado no qual pede que todos os policiais civis também integrem os grupos prioritários na vacinação contra a Covid-19, prevista para começar no dia 25 de janeiro. A entidade afirma que, desde o início da quarentena, em março, os agentes mantiveram a escala de trabalho normalmente e seguem na linha de frente.

No plano de vacinação divulgado no início do mês pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB), as 18 milhões de doses previstas da Coronavac, vacina produzida em parceria do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac – e que ainda precisa ser aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para início das aplicações –, serão destinadas aos profissionais de saúde, indígenas, quilombolas e idosos com 60 anos ou mais. 

“Os policiais civis continuam exercendo suas funções normalmente. Estão na linha de frente da segurança e expostos ao risco de contágio. Não há motivo para não serem priorizados neste momento. Aqui não teve home office", destaca o presidente da Adpesp, Gustavo Mesquita Galvão Bueno. 

Em outro setor da segurança, o GCM (Guarda-Civil Municipal) de Santo André Rogério Durante detalha os motivos técnicos para vacinação de toda a categoria. “Nós somos a linha de frente de toda população que precisa de atendimento. Quando identificamos alguém que precisa de socorro, é nossa obrigação atender e, apesar de todos os protocolos de segurança, como máscara, luva, álcool, se fomos para socorrer alguém, tocamos na pessoa, medimos a pulsação e como ela está. Então nosso atendimento será feito independente da Covid ou não, e isso eleva o grau da nossa exposição”, comenta. 

Além do atendimento de possíveis vítimas, os profissionais fiscalizam lugares com grande fluxo de pessoas, o que também os coloca em risco. Reportagem publicada pelo Diário em outubro apontava que a Covid havia tirado pelo menos 163 GCMs das ruas na região, seja por pertencerem ao grupo de risco – pessoas acima de 60 anos ou com doença crônica – ou por testarem positivo para a doença.

Também questionada, a PM (Polícia Militar) esclareceu, em nota, que a corporação aguarda orientações relativas a plano de vacinação dos órgãos competentes ligados à saúde.




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