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Cidade vai sentir saudades do Atila, sustenta prefeito

Socialista considera campanha do rival como suja e sinaliza oposição, apontando disputa em 2022

Por Fabio Martins
Do Diário do Grande ABC
29/11/2020 | 23:46
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André Henriques/DGABC


 Desde as primeiras parciais divulgadas ontem pela Justiça Eleitoral, o clima de confiança entre aliados do prefeito e candidato à reeleição em Mauá, Atila Jacomussi (PSB), se transformou em agonia e até desespero no espaço da denominada Arena 40, na região central, à medida em que a marcha de apuração das urnas eram atualizada. O local estava praticamente lotado de apoiadores. Em nenhum momento, o socialista esteve à frente de Marcelo Oliveira (PT) na disputa, a despeito de ter vencido o primeiro turno. A cada avanço, aumentava o ambiente de desolação.

O resultado apareceu por volta das 19h, com muito choro dos militantes. Emocionado, Atila surgiu no espaço na sequência. “Eleição é feita de resultados. Resultado é cirúrgico, pontual. Hoje nós não fomos derrotados para o PT, perdemos para o nosso próprio espelho (...) Eles não nos venceram. Ganharam por meio da perseguição, do medo. Enfrentamos sete prefeitos contra nós. Não vamos abaixar a cabeça. Nada acabou. Deus escreve certo por linhas tortas. Podem ter certeza que a cidade vai analisar a alguns meses, anos, e a cidade vai sentir saudade do Atila, do prefeito das ruas”, disse.

Foram 2.676 votos de diferença, num movimento contário que prevaleceu sobre o antipetismo e praticamente dividiu a cidade. Apesar de revertidos na Justiça, as duas prisões e o impeachment provocaram forte desgaste político. Atila reforçou discurso de que sofreu perseguição no cargo. “Foi campanha suja, jogaram baixo, política do comunismo.”

Segundo ele, após deixar o Paço, se colocará como fiscal das ações do Paço, indicando oposição a Marcelo. “Não vou abandonar Mauá. Eles (PT) queriam o poder. Nós estaremos do outro lado, fiscalizando.” Ele sugeriu ainda possível candidatura a deputado em 2022.

O socialista pediu desculpas pelo resultado, e frisou que o “sonho não acabou”. Um militante gritou das arquibancadas, paralisando a fala de Atila, para criticar a falta de vereadores eleitos no palanque. Apenas Admir Jacomussi (Patriota), Wiverson Santana (PL) e Renan Pessoa (Avante) estavam presentes – nos bastidores, havia reclamação que os eleitos da chapa pouco se empenharam no segundo turno. Betinho Dragões pegou o microfone e falou: “Aqui só tem os verdadeiros”. Atila citou que não tira a razão da declaração. “Estou do lado dos meus amigos leais.”




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