Eleições 2016 Titulo Em Mauá
Em Mauá, Alckmin diz que PSDB sai forte para 2018

Governador despista sobre candidatura, mas
admite favoritismo com as vitórias de tucanos

Por Junior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
26/10/2016 | 07:00
Compartilhar notícia
Ricardo Trida/DGABC


Em sua primeira participação efetiva na campanha eleitoral no Grande ABC desde o primeiro turno, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) reconheceu ontem, em Mauá, que vitórias de correligionários e de aliados do tucanato paulista no Grande ABC, berço político do PT, fortalecem o projeto de se lançar candidato à Presidência da República em 2018.

O governador participou ontem à noite de ato de apoio ao candidato do PSB ao Paço mauaense, o deputado estadual Atila Jacomussi, em evento no Coke Luxe, no Centro. O socialista rivaliza neste segundo turno com o prefeito e candidato à reeleição, Donisete Braga (PT). Mauá é uma das poucas cidades da Região Metropolitana onde o PT está nesta etapa final do pleito. “Eu acho que a decisão é municipal. Nós percebemos que houve grande derrocada do PT, não só aqui (na região). Eu não vinculo eleição municipal à eleição nacional porque são disputas diferentes. Uma coisa é a disputa local e a outra é a questão nacional. Claro que alguns partidos saem fortalecidos desta eleição, como o PSDB, com a vitória na Capital (o tucano João Doria foi eleito no primeiro turno com 53,29% dos votos válidos)”, sintetizou Alckmin.

No Grande ABC, o tucanato já elegeu José Auricchio Júnior em São Caetano e garantiu mais um mandato ao prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão. Enquanto isso, o PSB, principal aliado de Alckmin, conquistou a vitória de Adler Kiko Teixeira em Ribeirão Pires. Em Santo André e em São Bernardo os candidatos tucanos Paulinho Serra e Orlando Morando, respectivamente, terminaram o primeiro turno na frente dos adversários. Em Diadema, o tucanato não tem candidato próprio – está na coligação do prefeito e candidato à reeleição, Lauro Michels (PV) –, mas contabiliza possível vitória do verde como triunfo próprio.

Alckmin foi tratado com pompas de presidenciável no comitê central de Atila. Na contramão, Donisete tem escondido o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a tradicional estrela do petismo desde o início da campanha. O governador chegou ao ato com mais de duas horas de atraso. Em seu discurso, fez ataques velados ao PT e criticou os “boatos” espalhados contra Atila na campanha. “Nós não somos da família da mentira, dos boatos nem da falsidade”. Atila, por sua vez, foi mais incisivo no discurso antiPT. “Mauá espera há 16 anos dar o grito da liberdade que está entalado na garganta”, discursou.

À imprensa, Atila comemorou o fato de ter sido o primeiro candidato a receber adesão pessoal do governador, mesmo não sendo um prefeiturável tucano. “Isso mostra o prestígio que a cidade de Mauá tem com o governador”, avaliou. O vice-governador e presidente estadual do PSB, Márcio França , também compareceu ao ato, que contou com a presença de várias lideranças políticas da região.

Alckmin voltará hoje ao Grande ABC para cumprir agenda com Morando, em São Bernardo. Eles farão caminhada na Marechal Deodoro por volta do meio-dia. 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;