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Feira indígena reúne 5.000 no Parque Chico Mendes

Realizado pela ONG Opção Brasil, evento atraiu índios de 15 tribos de todo o País

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
27/04/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Durante todo o dia de ontem foi realizada a 3ª Feira de Cultura Indígena no Parque Chico Mendes, em São Caetano. O evento foi realizado pela ONG (Organização Não Governamental) Opção Brasil, que estimou que cerca de 5.000 pessoas passaram pelo local.

No total, 15 tribos, entre elas a Pataxó e Pankararu, se encontraram no parque, onde venderam artesanatos, dançaram e cantaram. A abertura ficou por conta do Toré, uma dança tradicional feita na maioria dos grupos.

O público pôde participar da dança circular, ministrada pelos indígenas, com canções típicas ao fundo. Também houve pintura no rosto das crianças, contação de histórias e apresentações musicais.

Segundo o presidente da ONG, Daniel Vaz, o intuito é que a cultura indígena seja preservada e divulgada.“Todo dia é do índio, mas nós aproveitamos as comemorações do mês de abril para a realização desse evento. É importante que as pessoas tenham contato com a cultura indígena. Além disso, é uma possibilidade para que eles vendam artesanatos e tragam mais renda para a tribo.”

Segundo Vaz, a recepção do público foi positiva. “Foi melhor que eu esperava e muito mais importante para que os índios se reconhecessem como tal e tivessem orgulho em mostrar de onde vieram.”

O vice-cacique da tribo Krukutu, com aldeia localizada na região de Parelheiros, Fábio da Costa Ramos, 31 anos, participou do evento pela primeira vez. São 330 índios, divididos em duas comunidades, onde as principais atividades são a pesca e o artesanato.

“Queremos mostrar para o Grande ABC nossa língua, nossa cultura e nossos costumes. Todos nos orgulhamos muito das nossas raízes, então queremos também mobilizar a sociedade para que conheça o povo que já está aqui no Brasil há mais de 500 anos”, afirmou.

“Eu vim passear e achei muito válida essa mobilização deles. Foi uma surpresa”, disse a professora Cristina Martins, 46, que estava fazendo caminhada.

Já a agente de viagens Patrícia Posterari, 30, é uma admiradora da arte indígena. “Eu já fui em uma tribo, mas eventos assim são importantes porque a gente tem um bom contato”, disse.

“Eu já faço dança circular, mas ter a experiência de fazer ao ar livre com os povos indígenas foi incrível. Também estou conversando muito com eles, aproveitando esse ambiente, as músicas e a cultura”, disse a pedagoga Carla Regina Borges Campos, 41.




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