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Publicitário morre baleado ao ter carro roubado
Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
15/01/2013 | 07:00
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O publicitário Carlos Eduardo Bertuolo Sicoli, 55 anos, foi assassinado por pelo menos três criminosos que o renderam na manhã de domingo e levaram o seu Corolla preto na porta de sua casa, no bairro Paulicéia, em São Bernardo.

Segundo relato de vizinhos à Polícia Militar, era por volta das 6h50 quando Sicoli saiu com o carro e foi abordado pelo trio. Após o publicitário dar a chave do veículo aos suspeitos, eles quiseram entrar na residência. Houve resistência por parte dele e pelo menos oito tiros de pistola calibre 380 foram disparados. Uma das balas acertou o peito da vítima, perfurando sua costela e abdômen.

O Corolla de Sicoli foi encontrado cerca de 20 minutos depois na Rua Almiro Sena Ramos, no bairro Cidade Ademar, na Zona Sul da Capital. Os próprios familiares não souberam precisar o que foi roubado. Delegada titular do 5º DP (Paulicéia) da cidade, responsável pela apuração do caso, Telma Regina Violi Preto diz que a equipe de investigação levantará imagens de câmeras de segurança da vizinhança para ter mais informações sobre os autores. Sabe-se que os três suspeitos chegaram ao local em um Honda Fit, de cor não revelada.

"Arrancaram meu pai de mim", disse o professor Caio Sicoli, 28, filho do publicitário, enterrado na manhã de ontem no Cemitério Vila Mariana, no bairro da Aclimação, na Zona Sul da Capital.

Sicoli era casado e tinha dois filhos, que viviam com ele no imóvel, onde morava há 25 anos. A família, que está em estado de choque, só havia sofrido um assalto, há cerca de dez anos, quando criminosos invadiram a casa para furtar eletrodomésticos enquanto eles viajavam.

O publicitário prestava serviços ao Diário desde julho e tem passagens por outros veículos como Folha de S.Paulo, Estado de S.Paulo e Grupo RBS. "Meu pai me ensinou a ser homem, me ensinou tudo", completou Caio.

Vizinhos contam que estão acostumados com roubos a mulheres e furtos de veículos no bairro, mas mortes são raras. Foi registrado apenas um caso de latrocínio no ano passado, em março, segundo as estatísticas da SSP (Secretaria de Estado da Segurança Pública).

Na região, o panorama é outro. O Grande ABC registrou pelo menos outros dois casos nos últimos cinco dias. Na quinta, um idoso de 65 anos morreu na frente da mulher após sacar quase R$ 4.000 de um banco, no Jardim do Estádio, em Santo André. No dia seguinte, um operador de máquina de 42 foi a vítima durante tentativa de roubo de seu Palio preto no Centro de Diadema.




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