Cultura & Lazer Titulo Lançamento
Caetano Veloso fecha trilogia com a Banda Cê
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
25/12/2012 | 07:00
Compartilhar notícia
Fernando Young/Divulgação


Já se foi a festa dos 70 anos de Caetano Veloso, comemorada em agosto deste ano e celebrada junto com artistas do cacife de Milton Nascimento, Gilberto Gil e Paulinho da Viola, que também chegaram a sete décadas de vida. Mas o baiano não quis só saber de festa, e deu um troco no tempo com mais um trabalho vigoroso, Abraçaço (Universal, preço médio R$ 25), o último da trilogia com a banda Cê, com a qual ele pôs nas prateleiras Cê e Zii e Zie.

O flerte com a modernidade soa mais potente em Abraçaço. O primeiro álbum foi roqueiro, o segundo de sambas, e este de agora faz um passeio por gêneros com um verniz indie rock. Há um quê de muita coisa que permeia os sons e temas do álbum, um leque cheio de momentos altos e baixos.

A obra é aberta com o rock A Bossa Nova é F..., uma composição nonsense de levada contagiante que fala de muitas coisas do mundo, inclusive de MMA. A faixa homônima ao disco também empolga. Vem no pacote junto com Funk Melódico, com versos geniais como "o ciúme é o estrume do amor".

Parabéns é dispensável, com batida repetitiva e refrão pegajoso. Vinco, um dos lamentos do álbum, também. Dois sambinhas bons são Quando o Galo Cantou e O Império da Lei. Estou Triste, embora pareça pobre, é um bom lamento. Com um belo arranjo de violão, e um bonito solo de guitarra, Caetano entoa: "Estou triste, tão triste / e o lugar mais frio do Rio é o meu quarto".




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;