Cultura & Lazer Titulo
Preço baixo ‘populariza’ notebook
Por William Glauber
Do Diário do Grande ABC
20/09/2005 | 08:26
Compartilhar notícia


A venda de notebooks pede licença para crescer no país a partir deste ano. Enquanto o mercado mundial registrou expansão de 31% no primeiro semestre de 2005 em relação a igual período do ano passado, as vendas internas ainda patinam na casa dos 4% no mercado de PCs (computadores pessoais), segundo informações da IDC Brasil – empresa de consultoria em tecnologia.

Para turbinar os números do setor, as empresas brasileiras investem em lançamentos que unem entretenimento e atributos profissionais. Outro trunfo é a queda sistemática do preço das máquinas. A Dell, líder mundial em venda de PCs, e com fábrica no Brasil, lançou, por exemplo, equipamento abaixo da barreira de R$ 3 mil, e ofereceu ao consumidor notebook ao custo de R$ 2.999.

O professor do curso de Ciências da Computação da Universidade Imes, em São Caetano, Mário Eugênio Longato, explica que a Dell, por ser líder mundial, tem condições de oferecer mercadorias com menor preço. "Quem vende mais consegue preços mais interessantes", ressalta Longato.

Além do preço, outro forte argumento para a conquista de novos consumidores é a mobilidade. "O usuário não precisa reservar espaço para instalação de PC e fica sem o trambolhão em casa", destaca o professor. O equipamento, segundo Longato, é ideal para vendedores, executivos e estudantes.

A HP, também com planta industrial no país, investiu em tecnologia avançada de olho nesses consumidores. Neste mês, a companhia colocou no varejo notebooks com plataforma de entretenimento, como home theater, com custo entre R$ 6.399 e R$ 7.399. "Esse aparelho também é para o consumidor que precisa de notebook com alto desempenho", explica Valéria Molina, diretora de Produto de Consumo da HP.

Valéria conta que a empresa está em momento de expansão no mercado nacional em relação ao ano anterior, mas não revela números. "Hoje temos notebooks a partir de R$ 3.999, com conexão sem fio, gravador de CD e pagamento parcelado", explica. "O valor do notebook de entrada custa hoje R$ 1 mil a menos do que no ano passado", ressalta.

  Embora as vendas de notebooks cresçam por conta própria, mediante ações da indústria nacional, o gerente de Pesquisas e Análises da IDC Brasil, Ivair Rodrigues, diz que o setor de computadores móveis precisa de política governamental eficiente para popularização. Para o consultor, a redução da elevada carga tributária brasileira é fundamental para a expansão do segmento.

"O governo precisa criar incentivos para a fabricação de notebooks, elevando a faixa de redução de PIS/Cofins para até R$ 3,5 mil", diz Rodrigues. A MP do Bem desonera em 9% apenas equipamentos eletrônicos com valor de até R$ 2,5 mil. A pirataria é outro mal a ser combatido. "As empresas competem com o mercado ilegal. É difícil concorrer com empresas que contrabandeiam equipamentos, pirateiam softwares e não pagam impostos", destaca.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;