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Estatística: números levam às vitórias
Kati Dias
Do Diário do Grande ABC
18/02/2008 | 07:12
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Quem assiste a um jogo entre duas equipes na Superliga Masculina ou Feminina de Vôlei não imagina que por trás dos saques, defesas e cortadas em quadra, existe um duelo ainda mais eletrizante nas arquibancadas. Estatísticos dos times analisam o desempenho de seus jogadores e dos adversários em tempo real. Estas informações ajudam os treinadores a detectar as deficiências do rival, superar os próprios erros e transformam o jogo de vôlei em uma partida de xadrez.

“O trabalho do estatístico é fundamental. Ele ajuda a desenhar o perfil tático de um time e até de um jogador específico. Para alguns, o jogo fica previsível. Mas acredito que as equipes foram obrigadas a abusar da criatividade para surpreender o adversário”, explicou o técnico Roberley Leonaldo, o Rubinho, comandante do Santander/São Bernardo.

A estatística Luciana la Plata é um dos braços direitos do treinador. Ela é responsável por analisar as partidas do time de São Bernardo, além de observar os rivais. O trabalho dela é tão importante para Rubinho que a estatística acompanha todos os jogos do time desde a efetivação dele no cargo, no meio da Superliga 2006/2007. Luciana utiliza o mesmo software da seleção masculina, desenvolvido pela estatística Roberta Giglio.

“Antes de entrar em ação no dia do jogo, eu analiso os últimos quatro jogos do adversário. Gravo os vídeos, edito de acordo com o pedido do técnico e faço relatórios de ataque, defesa, recepção, bloqueio ou de um atleta específico”, explicou Luciana.

De posse destes dados antecipadamente, Rubinho tem condições de corrigir um erro do seu time ou explorar uma fraqueza do adversário nos treinamentos.

Durante o jogo, Luciana recebe o auxílio dos demais membros da comissão técnica de São Bernardo. Cada um tem uma função específica. Fabiano Ribeiro, treinador do time juvenil, fica ao lado dela e repassa as informações do adversário a Rubinho, por rádio. O auxiliar-técnico Alexandre Stanzioni analisa o ataque do time da casa. Rodolfo Lino, técnico do time infanto-juvenil, checa o bloqueio da equipe de São Bernardo. E o preparador-físico Fábio Correia compila a avaliação técnica.

“Recebo as opiniões e análise de todos os envolvidos, mas quem dá a palavra final sou eu”, disse Rubinho. O treinador segue o modelo da Seleção Brasileira, da qual é um dos auxiliares-técnicos ao lado de Ricardo Tabach.




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