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Música para falar de luz interior e reflexão

Jair Oliveira apresenta o introspectivo ‘Selfie’, primeiro disco em oito anos

Por Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
09/04/2019 | 07:00
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Eduardo Pimenta/ Divulgação


Após hiato de oito anos o cantor e compositor Jair Oliveira apresenta trabalho e coloca nas plataformas digitais o álbum Selfie (S de Samba, R$ 17,90), ilustrado por 13 composições, que passeiam entre a MPB e a sonoridade urbana adquirida em Nova York, cidade onde foi gravado e local que o artista vive com a família.

Segundo Jair, o projeto fala muito de seu universo. “Digo certamente que é o disco mais pessoal da minha carreira, pois fala muito de minha reflexão e de coisas que estimulei em mim mesmo, por meio da meditação, religiosidade e terapia, principalmente o convívio com a Tania Khalill (sua mulher), que também é uma pessoa muito espiritualizada e preocupada com o autodesenvolvimento”, explica.

Ele diz que é um projeto que fala de tudo isso, das luzes internas e externas – esse é o tema do disco, as luzes que você descobre em si mesmo, por isso se chama Selfie, em virtude da referência fotográfica e cinematográfica.

Entre as canções está Seres Incríveis, que abre a obra. “Escrevi a letra ao presenciar a atriz Morena Baccarin, conhecida pela atuação na franquia Deadpool, caminhando com sua filha pequena pelas ruas de Nova York. Quero mostrar como todos nós, famosos ou não, temos de batalhar no dia a dia e por isso mesmo nos tornamos estes seres incríveis”, afirma.

Ele cita com carinho outra faixa, O Sorriso. “Compus para a luz que meu pai (Jair Rodrigues 1939-2014) levava dentro de si e que se transformava em sorriso”, diz. Jair conta que escreveu a letra na madrugada do velório dele, em 8 de maio de 2014, então, tem uma carga emotiva muito grande relacionada à saudade. “Mas tem também essa vontade de colocar na música essa luz do sorriso e esse é o grande legado que ele deixou para mim e muita gente, de você cultivar essa luz. É uma canção muito especial para mim.”

No disco, Jair trata bastante da desatenção que temos com nós mesmos e da necessidade de termos mais atenção com o nosso mundo interior. Ele conta que passou a se olhar mais, principalmente quando montou uma família e com o nascimento das filhas. “Outro ponto é a ausência de meu pai. Comecei a perceber a importância da terapia e a necessidade de se compreender as coisas. Por isso, digo que o autoconhecimento muda sua vida no sentido de suas atitudes. Acho que é isso que as pessoas chamam de amadurecimento”, diz.

Este é o primeiro trabalho de Jair feito em coprodução. Ele assina com Rogério Leão, músico que conheceu em Nova York. “Ele agregou a experiência com rock e o trabalho tem disso também. Além da musicalidade tradicional que coloco em meus discos – samba, música brasileira, jazz, soul e bossa nova”, explica o artista.

Além de divulgar o disco, o artista trabalha na celebração dos 80 anos de nascimento de seu pai, completados em fevereiro. “Eu e minha irmã (Luciana Mello) temos feito shows chamados Tributo a Jair Rodrigues. Era uma apresentação que fazíamos os três em família e que acabamos transformando em homenagem”, diz.

Ele adianta que Luciana está preparando documentário com o diretor Alexandre Sorriso, intitulado Jairzão – O Documentário. “O cineasta Rubens Rewald está finalizando outro documentário, que eu participei mais diretamente e que deve sair ainda este ano, chamado Deixa que Digam, encerra.




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