Passada a eleição para a presidência da Câmara de Diadema, que colocou Marcos Michels (PSB) como comandante da Casa, o prefeito Lauro Michels (PV) ainda não abriu espaço no secretariado para o bloco PPS-DEM-PEN, grupo governista que abriu mão de concorrer à direção do Legislativo após acordo com o Paço. Ele também vê resistência de vereadores do PV em aceitar convite para o governo e, assim, abrir espaço para o ex-prefeito José Augusto da Silva Ramos (PSDB) na Câmara.

Para emplacar Marcos, seu primo, Lauro abriu espaços na mesa diretora – vice-presidência e secretarias foram estabelecidas – e garantiu que seriam nomeados indicados para o primeiro escalão. As Pastas de Transportes e Cultura foram colocadas na mesa de negociação. A expectativa era de que até ontem os nomes fossem apresentados pelo governo, o que não aconteceu.

O Diário apurou que a demora causou mal-estar na bancada PPS-DEM-PEN. O bloco já apresentou o nome do radialista Paulinho Correria, presidente do PEN municipal, para a Secretaria de Cultura. Para a Pasta de Transportes, o mandatário do PPS, José Carlos Gonçalves, segue especulado, embora sua indicação não seja consenso.

Outra dor de cabeça é com relação à apresentação de algum vereador do PV como secretário para fazer com que Zé Augusto seja alçado para o Legislativo – o tucano é primeiro suplente da coligação PV-PSDB e foi descartado para voltar ao comando da Secretaria de Saúde. Convidado para o setor de Esportes, o vereador Talabi Fahel (PV) mostra resistência. Zé do Bloco (PV) e Paulo Bezerra (PV) foram sondados, mas avisaram ao núcleo duro do governo que a intenção é exercer o mandato na Câmara – ambos partem para primeira legislatura.

Antes de tomar posse para o segundo mandato, Lauro avisou que colocaria interinos nos setores ainda não definidos. Ontem, ele oficializou a continuidade de José Sérgio Mastrantonio à frente do Ipred (Instituto de Previdência de Diadema).