O PTdoB de São Bernardo tem suas principais lideranças divididas sobre o apoio entre as candidaturas no segundo turno da eleição à Prefeitura, disputado entre o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) e o deputado federal Alex Manente (PPS). Enquanto o presidente da legenda e ex-secretário de Relações Internacionais, Evandro de Lima, pede votos a Alex, o único vereador da sigla, Roberto Palhinha, está mais próximo de Morando.

Depois de caminhar com o PT na primeira etapa do pleito, em projeto que ficou apenas no terceiro lugar, com o ex-secretário Tarcisio Secoli (PT), o PTdoB decidiu pela neutralidade no segundo turno, mas liberou posição de seus filiados.

Dirigente e candidato a prefeito pelo PTdoB em 2008, quando ficou em quatro lugar, Evandro esclareceu que a liberação do posicionamento dos integrantes do partido foi tomada após reunião com a executiva estadual da legenda, que é comandado por Antônio Rodriguez Fernandez.

“Logo após o resultado do primeiro turno, sentamos e definimos por postura neutra, deixando claro que a escolha de cada um estava livre. Nosso projeto perdeu, que era o Tarcisio. Quando se libera os filiados, o apoio deixa de ser do partido e sim de cada pessoa. Eu optei pelo Alex e vejo que a maioria (do diretório municipal) está com ele. Mas quem não estiver não muda nada”, pontuou Evandro, descartando punições partidárias.

Na eleição, o PTdoB se coligou com o PDT, PTC e PSL. O resultado ficou aquém do esperado, pois somente Ramon Ramos (PDT), obteve êxito, ao atingir 4.149 votos. Palhinha, do PTdoB, ficou na primeira suplência, com 2.614 sufrágios. O bloco de partidos conquistou 14.622 adesões, o que foi comemorado por Evandro. O quociente eleitoral em São Bernardo nesta eleição exigiu aproximadamente 11 mil votos de cada coligação para conquista de cadeiras.

“Fomos bem. Elegemos um (Ramon) e conseguimos figurar entre os primeiros. Agora, o PTdoB vai seguir unificado politicamente e a partir do resultado do segundo vamos nos reunir e voltar a deliberar sobre o nosso futuro”, considerou o dirigente do partido.

Palhinha, que tem evitado falar abertamente sobre seu comportamento no segundo turno, foi procurado pelo Diário, mas não retornou aos contatos.