Setecidades Titulo Mutirão da Catarata
Familiares elaboram ação judicial contra S.Bernardo

Processo pede indenização para pacientes infectados em mutirão da catarata no Hospital de Clínicas

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
14/02/2016 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


Familiares de 12 pacientes prejudicados em mutirão da catarata realizado no dia 30 de janeiro, no Hospital de Clínicas de São Bernardo, elaboram ação judicial contra a administração do prefeito Luiz Marinho (PT) que prevê indenização por danos morais e materiais. Os procedimentos cirúrgicos foram realizados em 27 pessoas, das quais 21 adquiriram infecção ocular e subiu para pelo menos 18 a quantidade que ficou cega, sendo que dez precisaram remover o globo ocular.

Reunião realizada ontem à tarde com 17 familiares de vítimas, terminou com 12 famílias interessadas na ação coletiva. Os outro cinco representantes dos pacientes avaliam a questão.

Filha de uma das pacientes que perdeu a visão, a advogada Letícia Maykoga, 35 anos, afirma que neste momento o objetivo é coletar provas para embasar o processo. “Infelizmente, nem todos conseguiram com o hospital a cópia do prontuário médico, por isso, precisamos confrontar todos os dados”, relata.

De acordo com a advogada, ainda nesta semana, o grupo de familiares deve levar até a secretária de Saúde de São Bernardo, Odete Gialdi, cronograma de possíveis reuniões com a chefe da Pasta. “Ela (Odete) tentou na semana passada conversar com cada um individualmente, mas preferimos ter esse encontro em turmas.”

Até o momento, a Prefeitura desconhece a causa da contaminação das vítimas pela bactéria Pseudomonas aeruginosa. A expectativa é de que o resultado de sindicância seja conhecido até o início de março. Enquanto isso, o contrato com o Instituto de Oftalmologia da Baixada Santista, terceirizada contratada desde 2013 e responsável pelo mutirão, está suspenso.

Os familiares justificam a ação judicial como forma de garantir reparação para o erro, como assistência médica. “Nada vai trazer a visão do meu pai novamente, mas, se ganharmos, ao menos teremos valor para pagar convênio médico”, diz a professora Vilma Libarino Gomes Vieira, 37.




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