Setecidades Titulo Conscientização
Especialista alerta para esgotamento de recursos
Matheus Angioleti
Especial para o Diário
12/09/2017 | 07:00
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 A humanidade esgotou, em 2 de agosto, todo o capital ambiental disponível para 2017. Isso é o que aponta a doutoranda em Administração pela USCS (Universidade Municipal de São Caetano) Eliana Vileide. Conforme a especialista, o esgotamento cada vez mais cedo dos recursos naturais está atrelado à impossibilidade de recomposição da natureza.

A produção elevada, o consumo inconsciente e o descarte de resíduos contribuem para a situação negativa. A preconização da responsabilidade compartilhada e a redução do consumo são vistos como fundamentais para encontrar solução. Segundo Eliana, 50% dos resíduos orgânicos que são descartados poderiam ser reutilizados. “É preciso disseminar conhecimento em todas as faixas etárias da sociedade, porque as pessoas querem ser ambientalmente corretas. Todos os gestores públicos têm acesso à informação. Estamos pecando na parte do monitoramento”, diz.

A curta durabilidade dos produtos industrializados, somada ao descarte irregular, também preocupa. Itens como sofás velhos e materiais de construção devem ser encaminhados a ecopontos e não deixados nas proximidades dos córregos, por exemplo. “Pesquisa mostra que há microplástico nas águas. Os problemas estão voltando para nós. Um relatório de 1968 alertava para catástrofes e estamos vivendo isso. Tem de caber tudo no planeta, mas a geração de resíduos cresce cinco vezes mais do que a população”, afirma.

Áreas de ocupações irregulares, que são historicamente problemáticas, também contribuem negativamente para problemas ambientais. “O desenvolvimento sustentável é o que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras atenderem às suas próprias necessidades. É aquela velha pergunta. Qual planeta vou deixar para as próximas gerações?”, questiona.




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