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Grande ABC recebe vacina de Oxford hoje

Grande ABC será contemplado com 30,2 mil doses, que serão destinadas ao público prioritário, assim como aconteceu com a Coronavac

Bia Moço
Do Diário do Grande ABC
26/01/2021 | 00:01
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Fotos Públicas


O Grande ABC recebe hoje 30.190 doses da vacina de Oxford, produzidas pelo laboratório Astrazeneca e que fazem parte de lote com 2 milhões de frações importadas pelo governo federal. Assim como aconteceu com a chinesa Coronavac – fabricada pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan e que está sendo aplicada na região desde a semana passada –, o imunizante será utilizado para reforçar a proteção do grupo prioritário estabelecido no PNI (Plano Nacional de Imunização), ou seja, profissionais de saúde, idosos e deficientes físicos que moram em unidades de longa permanência, indígenas e quilombolas.

Do total enviado à região, São Bernardo ficará com 9.110 doses, seguida de Santo André, com 8.740; São Caetano, com 3.700; Mauá, com 3.640; Diadema, com 3.440; Ribeirão Pires, com 1.240; e Rio Grande da Serra, com 320.

Na terça-feira passada a região iniciou a campanha de vacinação contra a Covid com 39,3 mil doses da Coronavac. Para que não haja confusão com vacinas de dois laboratórios distintos, as cidades controlarão as doses por meio do sistema Vacina Já, do governo estadual, onde é possível saber qual imunizante o paciente tomou, o número do lote e o laboratório. Além disso, é entregue uma carteirinha ao paciente com todos os dados da vacinação, contendo qual vacina foi aplicada, a data e qual a data da segunda dose.

O médico sanitarista e ex-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) Gonzalo Vecina Neto analisou como “um equívoco” a decisão do governo em “esfarelar doses de vacina pelo País”. Segundo o especialista, misturar imunizações de dois laboratórios distintos nas cidades pode gerar “confusão”. “Primeira coisa é que tem de ser reservada a segunda dose para quem já tomou a primeira. As informações científicas e técnicas são que a segunda dose da Coronavac tem de ser aplicada entre 21 e 28 dias depois da primeira, e é fundamental ter a dose de reforço, sem isso é como se (o cidadão) não tivesse sido imunizado”, explicou Neto.

Ontem, porém, a médica e professora de Oxford Sue Ann Costa Clemens, responsável pelos estudos clínicos da vacina no Brasil, disse em entrevista à CNN que o imunizante de Oxford já garante boa proteção com apenas uma fração. “A primeira dose protege com 70% de eficácia para casos leves e moderados e 100% para os casos graves”, disse.

A informação é importante porque, ao contrário da Coronavac, que está sendo produzida pelo Butantan e tem boa expectativa de que novos lotes sejam disponibilizados para a população nas próximas semanas, o imunizante de Oxford depende de importação. Isso porque, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), parceira da Astrazeneca para a produção da vacina no Brasil, disse que espera receber no início de fevereiro insumos para manipulação do imunizante, e que isso vai atrasar a entrega, o que deve ocorrer no fim de fevereiro.  




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