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Militante da região está acampado por liberdade de Lula desde 2018

Morador de Ribeirão Pires alega que só sairá de Curitiba com ex-presidente

Por Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
08/07/2019 | 09:17
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Fernando Frazão/Agência Brasil


 Acampado desde os primeiros dias em Curitiba após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 7 de abril de 2018, o locutor de Ribeirão Pires Daniel Barbosa, 47 anos, afirmou que só sairá do alojamento assim que o líder petista deixar o cárcere no prédio da Superintendência da PF (Polícia Federal), o que não tem data para acontecer.

Foi durante o processo de rendição do ex-presidente Lula, que ficou na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, que Barbosa começou a planejar a viagem para Curitiba e ficar no acampamento que estava sendo montado para recepcionar o ex-presidente.

“Assim que Lula saiu do sindicato e entrou no carro da Polícia Federal, eu já comecei a planejar a viagem. Já fui avisando meus familiares que iria para lá, para acompanhar o (ex-) presidente. Cheguei aqui no dia 9 de abril e só sairei daqui após a Justiça liberar Lula”, declarou o militante, por telefone, logo após os integrantes do acampamento gritarem o tradicional “bom dia, presidente”. “Fazemos esse cumprimento todo os dias”, disse.

O locutor relatou que viveu momentos de tensão na semana passada, já que foi durante aqueles dias que o País, e em especial o acampamento, viveram grande expectativa do ex-presidente ser solto. No dia 25 de junho, o STF (Supremo Tribunal Federal) julgou o primeiro de três pedidos de liberdade de Lula, que foi negado pela Suprema Corte. “Essa (decisão do STF) bateu na trave. Mas estamos preparados para ficar o quanto for aqui em Curitiba”, alegou.
<EM>Um dos maiores problemas encarados pelos militantes petistas que aguardam a liberdade de Lula em Curitiba foi a hostilidade da vizinhança, que não gostava da presença de tanta gente. “Isso foi no começo. Agora as pessoas passam pelo acampamento e nos dão bom dia ou boa noite. Tem gente que até participa de nossas atividades ecumênicas”, revelou Barbosa.

Filiado ao PT desde 1991, um dos motivos que fazem o militante participar ativamente do acampamento é um “sentimento de débito” com Lula. Candidato a vereador pelo PT em 2004, obteve 470 votos em Ribeirão Pires e não conseguiu cadeira no Legislativo. “Não quero mais participar de eleições. Minha política faço como militante e ficarei aqui junto de Lula.”




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