Era uma vez uma família nobre que morava em um castelo medieval. Em torno dele, pequenas casinhas cresceram às margens de um rio em formato de “U”, criando uma paisagem pitoresca marcada por telhados vermelhos salpicados de branco durante o inverno em contraste com o céu azul e as árvores espalhadas pelas montanhas.

Isso tudo podia ser apenas um entre tantos cenários de conto de fadas, mas o fato é que existe de verdade, tem nome e sobrenome: Cesky Krumlov.

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Localizada a duas horas e meia de Praga, a cidade checa declarada Patrimônio Histórico pela UNESCO em 1992 é um dos destinos mais bonitos do mundo. Se ficasse na Itália ou na França, países turísticos por excelência, seria propagada aos quatro ventos e viveria abarrotada de visitantes. Mas sorte que não fica, pois isso a torna ainda mais especial.

O que fazer em Cesky Krumlov

Ao caminhar em Cesky Krumlov, você é sempre vigiado pelo grande cartão-postal da região, o Castelo Krumlov. E coloca grande nisso, já que se trata da segunda maior fortaleza da República Checa, o que não é pouco considerando que o país, cujo tamanho é semelhante ao de Pernambuco, abriga mais de 2 mil castelos – o maior de todos é o de Praga.

Curiosamente, a edificação nunca pertenceu a um rei, mas a diversas famílias tradicionais da região, quase todas com sufixo erk no sobrenome: Rozmberk, Eggenberk, Schwarzenberk… Hoje, o local é aberto ao público e tem como destaques o fosso na entrada – onde vivem dois ursos (uma tradição local) –, pátios, fontes e uma torre renascentista, de onde se tem a melhor vista da cidade.

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Vista desde o castelo de Cesky Krumlov

Museus e restaurantes de Cesky Krumlov

Dali é possível observar todo o centro histórico, que reúne atrações convencionais, como pontes de madeira e igreja, e curiosas, a exemplo do Pohádkový Düm, ou Museu de Contos de Fadas, com cerca de 300 marionetes expostas em cenários que retratam lendas do folclore regional.

Ali pertinho estão os dois restaurantes mais famosos de Cesky Krumlov: o Krcma v Satlavské e o Mastal. O primeiro funciona em uma antiga prisão medieval, e o segundo em um velho estábulo. Ambos são especializados em carnes.

Depois do almoço, vale a pena ir ao Centro Schiele, museu situado em uma antiga cervejaria do século 15 e que conta com obras do pintor austríaco Egon Schiele, que morou na cidade no início do século 20. Certamente ele teve muito com o que se inspirar.

Texto originalmente publicado na revista Viaje Mais Luxo, da Editora Europa.