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Sindicato e governo ainda divergem

Sindicato e governo ainda divergem

Por Rogério Santos
Do Diário do Grande ABC
09/12/2011 | 07:00
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A concretização do Plano de Cargos Carreira e Remuneração dos funcionários públicos de São Bernardo está longe de desfecho. Apesar da disposição do governo petista e do Sindicato dos Servidores para negociar, a falta de consenso pode emperrar a definição do plano de cargos para 2012. E, no momento, ambas as partes desejam reabrir a negociação, mas nem mesmo data para a conversa conseguem marcar.

O projeto está sendo discutido desde 2009, mas a queda de braço entre o prefeito Luiz Marinho (PT) e o Sindserv vem desde o ano passado, sendo acentuada após a categoria recusar em assembleia a proposta do PCCR encaminhada pelo Executivo. "Eles (Sindserv) podem dialogar, se não for comigo, com o governo. Estamos abertos para diálogo permanente", disse Marinho.

Em outubro, a Câmara aprovou projeto que retirou a urgência para o governo encaminhar o projeto para ser votado. Como o Legislativo entra em recesso no dia 16, a possibilidade de definição do plano em 2011 foi enterrada de vez. "Depende muito do sindicato. A minha proposta está clara, aguardando. Se derem ‘ok', será encaminhada para a Câmara", discorreu o prefeito.

A principal reivindicação do Sindserv é a manutenção, como é hoje, do item conhecido como senhoridade, que garante reajuste salarial de 2% para os trabalhadores a cada dois anos. A proposta da administração estabelece que só receberiam esse percentual os servidores bem avaliados no desempenho das funções. Para o sindicato, critérios de avaliação são subjetivos.

Embora se mostre disposto a discutir o PCCR com Marinho, o presidente da entidade, Giovane Chagas, descarta renegociar o projeto do jeito que está. "A nossa contraproposta foi que o governo retirasse a mudança na senhoridade. Não podemos continuar uma negociação já perdendo direito adquirido pelos trabalhadores", argumentou Chagas.

EMBATE

O embate entre Prefeitura e sindicato teve momentos de tensão na gestão Marinho, com protestos em frente à Câmara, passeata pelo Centro da cidade e outras manifestações. O ápice ocorreu durante a votação do projeto que substituiu o Fundo de Previdência Municipal pela autarquia SBCPrev.

Os servidores impediram a votação do projeto invadindo o plenário do Teatro Cacilda Becker. Na segunda votação, sob forte esquema de segurança, os vereadores avalizaram a peça e foram alvo de chuva de moedas atiradas pelos servidores.




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