Setecidades Titulo Clima
Verão será mais quente, mas
chuva ficará dentro da média

Segundo Inmet, no verão de 2010 para 2011, o mais chuvoso
dos últimos 5 anos, janeiro chegou a registrar 494 milímetros

Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
19/12/2012 | 07:00
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O verão tem início na sexta-feira e a preocupação com a estação mais chuvosa do ano já começou. Se as previsões dos centros de pesquisas climáticas se confirmarem, o Grande ABC, assim como a região metropolitana de São Paulo, não receberá chuva além da média para o período, que é de cerca de 265 milímetros, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

Porém, os termômetros marcarão de dois a três graus acima da média nos dois primeiros meses do ano. Em janeiro, por exemplo, a média considerada para a época é de 28°C. "Isso não significa que não teremos temporais. Há chances de alagar, sim. Mas teremos menos chuva do que o verão passado e mais dias quentes. O modelo indica situação de neutralidade", explica a meteorologista Josélia Pegorin, do Climatempo.

De acordo com o órgão, no verão de 2010 para 2011, o mais chuvoso dos últimos cinco anos, janeiro chegou a registrar o acumulado de 494 milímetros. Em Mauá, cinco pessoas morreram após deslizamentos de terra e houve uma vítima fatal por afogamento.

A previsão que não indica chuva acima da média na região é explicada, entre outros fatores, pelo não aquecimento do Oceano Atlântico. A média ficará 0,5°C acima do normal, e não até três graus - como em verões mais chuvosos.

As águas próximas à região Nordeste continuam mais frias do que o normal e isso tem impacto no avanço das frentes frias.

A expectativa é que, ao chegarem ao Brasil, sejam desviadas para alto-mar, o que dificultará a formação da ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul). As áreas que ficam sob essa influência recebem chuva persistente e volumosa por vários dias seguidos. "Além disso, não identificamos a presença de fenômenos meteorológicos, como El Niño e La Niña. Quanto não há influência direta das águas do Pacífico e Atlântico, a previsibilidade fica na média", explicou Marcelo Schneider, do Inmet.

O primeiro fenômeno significa aquecimento repentino das águas oceânicas e o segundo o inverso, com temperaturas normalmente frias.




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