Chegou a hora. O Brasil vai parar hoje, a partir das 8h30, quando o Corinthians entrar no gramado do Estádio de Toyota para enfrentar os egípcios do Al Ahly, pela semifinal do Mundial de Clubes, no Japão. De um lado, mais de 35 milhões de loucos, que passaram os últimos dias angustiados, aguardando ansiosamente por esse momento histórico. Do outro, os tradicionais rivais, que vão engrossar a torcida pelo time africano.

O técnico Tite e os jogadores entenderam o que significa o jogo de hoje, um dos mais importantes da centenária história corintiana. Apesar de já terem vencido o Mundial, em 2000, os corintianos tiveram de conviver com sátiras dos rivais, afinal, o torneio foi disputado em formato atípico e no Brasil. A partir de hoje, tudo pode mudar. Se ratificar o favoritismo e derrotar o Al Ahly, o Timão estará na final e vai esperar por Chelsea, da Inglaterra, ou Monterrey, do México, que jogam amanhã, às 8h30.

"Temos uma responsabilidade muito grande. A gente sabe que pode fazer mais de 35 milhões de pessoas felizes. Tem gente que saiu de emprego, abriu mão de família e de valores. Isso por nós é muito respeitado. Mas não é sobrecarga", declarou o treinador, referindo-se aos mais de 15 mil corintianos no Japão.

Tite sabe que o inédito título da Libertadores colocou o seu nome e o dos jogadores na galeria de imortais do clube, mas a conquista do Mundial pode elevá-los a um patamar de heróis. "Essa expectativa de participar é um feito extraordinário. Mas nós construímos para isso e não vamos abrir mão do que conquistamos. Batalhamos muito para que este momento chegasse. Temos de ir para dentro e sermos merecedores. Temos o direito de sonhar, sim", destacou.

A escalação do time está mais do que confirmada. O atacante peruano Paolo Guerrero será o companheiro de Emerson no ataque e o goleiro Cássio, poupado do treino por conta de dores no ombro, também está garantido. O restante da equipe será o mesmo que a Fiel cansou de gritar no Pacaembu e que hoje fará ser ouvido em outra parte do planeta.