Apesar da falta de projetos do Executivo na pauta da Câmara de Diadema ontem, a sessão foi marcada pelo bate-boca entre Atevaldo Leitão (PSDB) e a bancada petista no Legislativo. O embate começou quando o tucano levou para apreciação do plenário voto de protesto contra a política de Segurança pública adotada pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele mencionou o aumento dos índices de criminalidade no Brasil. “Essa é uma triste realidade em que vivemos”, criticou o tucano.

Entretanto, ele ressaltou que o Estado de São Paulo, governado por Geraldo Alckmin (PSDB), tem registrado queda nas ocorrências. O líder da bancada petista, Josa Queiroz, rebateu prontamente o governista.

“Não é a primeira vez que o vereador tenta criar confusão na cabeça das pessoas. Transferir a responsabilidade sobre a questão da Segurança para o governo federal é desconsiderar a responsabilidade dos outros entes da federação”, disparou.

Mas a crítica mais pesada partiu de Ronaldo Lacerda (PT). “Existe grande diferença na política do governo federal para a do PSDB. A Dilma não faz acordo com facção criminosa, ao contrário dos tucanos”, acusou o parlamentar, ignorando o fato de o deputado estadual do PT Luiz Moura ter participado recentemente de reunião com integrantes do PCC – ele foi suspenso da sigla.

Em meio a toda polêmica sobre o tema, o voto de protesto de Atevaldo foi rejeitado pela Casa.

JOAQUIM BARBOSA
A Segurança pública não foi o único motivo de embate entre os tucanos e petistas durante os trabalhos. De autoria de Atevaldo Leitão, a proposta de entrega de título de cidadão diademense para o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) e relator no processo do Mensalão, Joaquim Barbosa, reacendeu a polêmica com a oposição. Os petistas no Legislativo contestaram a honraria, alegando que Barbosa prestou um desserviço ao País. A homenagem ainda não foi votada.