Acidente ocorreu no fim da tarde no Parque
Estoril, em São Bernardo; ninguém ficou ferido
Descarga elétrica provocou a paralisação do teleférico do Parque Estoril, em São Bernardo, na tarde de ontem. Seis pessoas estavam no brinquedo no momento em que um raio atingiu a área, localizada no Riacho Grande. O Corpo de Bombeiros foi acionado e o resgate demorou cerca de três horas. Ninguém ficou ferido.
O prefeito Luiz Marinho (PT) esteve no local e afirmou que o para-raio do parque não suportou a carga de eletricidade. “A natureza vai trazendo surpresas para a gente e é preciso olhar tecnicamente o que ocorreu, qual a intensidade desse raio e por que o para-raio não deu conta.” O chefe do Executivo afirma que o espaço possui geradores, mas que os equipamentos não funcionaram porque “queimou o sistema”. O teleférico ficou fechado por 15 anos e foi reaberto em 2011 após reforma que custou R$ 1,3 milhão. O percurso tem 1.200 metros.
O pedreiro Sidielson Farias da Silva, 28 anos, esperou o resgate por quase três horas na companhia do filho Heitor, de quase 2. Eles estavam a cerca de 10 metros de altura. “Começou a dar uma chuva forte, com granizo, e, do nada, deu um estouro forte e o teleférico parou. Na hora, minha maior preocupação era com a criança.”
Silva lembra que, durante o tempo de espera pelo socorro, Heitor chegou a ficar assustado e pedir pela mãe. “Mas logo ele se acalmou e até dormiu lá em cima.” Por volta de 20h, quando estavam indo embora do parque, o garoto sorria e até fazia pose para as câmeras. Foi a primeira vez que o pedreiro subiu em um teleférico. Ele garante que nunca mais irá repetir a experiência.
A mãe de Heitor, a professora Rejane Maria Farias, 33, não subiu no brinquedo por ter medo de altura. Irritada, ela criticou os funcionários do parque. “Ninguém sabia o que fazer. Várias pessoas foram lá mexer para ver se conseguiam arrumar. E quando os bombeiros chegaram, não os deixaram fazer o resgate porque diziam que a prioridade era o conserto”, relata. Ela diz ter ouvido de um empregado que a responsabilidade pela situação era dela, por ter deixado a criança utilizar o brinquedo.
Segundo Marinho, é preciso ter “racionalidade” para avaliar o atendimento prestado. “Você tem que separar o que é emoção do que é razão. Temos que trabalhar com a cabeça, e não com o fígado. Se não tiver racionalidade para separar isso, a gente começa a tomar ação inadequada.” O teleférico ficará fechado por período entre 30 e 45 dias para para que o acidente seja investigado e a manutenção seja feita. Nesse período, o parque funcionará normalmente.
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