Em assembléia realizada nesta quinta à noite na praça do Carmo, no Centro de Santo André, servidores públicos municipais decidiram iniciar nova greve – desta vez geral – a partir da quinta-feira que vem. Segundo Silvana Gomes de Araújo Teixeira, da direção do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos de Santo André), a categoria optou por “iniciar processo de radicalização” do movimento, visto que o posicionamento da Prefeitura até agora é contrário à concessão de reajustes salariais de 47,31%.

Com o término da assembléia, os servidores saíram em passeata pela região central de Santo André. Cerca de 400 manifestantes foram contabilizados pelo comando de greve. A exemplo das assembléias anteriores, o objetivo da reunião em local público é divulgar o fato dos 7 mil trabalhadores da categoria não receberem aumento de salário desde 1997.

Silvana Teixeira não soube precisar quais serviços municipais poderão ser afetados com a greve da próxima semana. “Isso será definido em reunião que faremos no sábado (amanhã) à tarde, quando planejaremos como será a ação”. Desde que o movimento foi iniciado, exatamente há uma semana, os setores que mais aderiram às paralisações pipoca foram os centros operacionais do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental).

O comando de greve circulou escolas municipais e unidades de saúde, mas a adesão foi mínima. Somente o PA (pronto atendimento) da Vila Luzita e o Centro de Especialidade do Jardim Guarará encerraram as atividades numa única ocasião, durante duas horas.

Nesta quinta, a único unidade que parou foi o centro operacional do Semasa do Jardim Guarará, que serve de garagem para caminhões-pipa que levam água ao Parque Andreense e ao Recreio da Borda do Campo. A paralisação, no entanto, não afetou o abastecimento porque o veículo havia saído da unidade antes do encerramento das atividades.