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‘Inclinação’ homossexual não é pecado para Igreja do EUA
Por Da AFP
14/11/2006 | 14:30
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A Conferência de bispos americanos, que reúne 295 prelados em Baltimore (Maryland, norte) até quinta-feira, examinou hoje um guia ‘pastoral’ sobre a maneira de acolher os fiéis homossexuais na Igreja Católica. Um texto dirigido aos sarcedotes diz que possuir a 'inclinação' não é pecado.

No texto - a redação começou há quatro anos - a ‘inclinação’ homossexual foi o termo preferido em detrimento de ‘orientação’. "Possuir simplesmente este tipo de inclinação não constitui um pecado. Mas agir segundo estas inclinações é incorreto", acrescenta o texto, que não impõe "a obrigação moral de buscar uma terapia".

"Este documento é mensagem de acolhida que insiste na compaixão", explicou o bispo de Paterson (Nova Jersey), o Monsenhor Arthur Serratelli, que preside o comitê de doutrina.

O guia da Igreja Católica americana começa a ser divulgado num momento em que o casamento homossexual vem sendo motivo de muitos debates nos Estados Unidos, Massachusetts é até agora o Estado que o permite.

Assim como os sacerdotes não podem abençoar uniões homossexuais nem "uniões civis com aparência de matrimônio", devem condenar a adoção de crianças por parte de homossexuais, "uma vez que essas uniões são contrárias ao plano divino", segundo o texto.

O batismo destas crianças "levanta um problema" reconhece o guia, mas os bispos americanos não rejeitam o sacramento do batismo a estes meninos e meninas se houver "esperança de que sejam educados na religião católica".

Ouvidos em uma entrevista à imprensa se os homossexuais poderiam receber a comunhão, os bispos responderam que a lei moral se aplicava a todos. "A atividade sexual fora do casamento é um grande pecado", resumiu Monsenhor Serratelli.

No texto de "preparação para receber a comunhão" são enumerados os "pensamentos ou ações que representem graves violações à lei de Deus". Cita-se o aborto e faltar a missa de domingo sem um "motivo sério".

Os bispos também aprovaram o financiamento (de US$ 335 mil) de um estudo sociológico universitário sobre as causas de abusos sexuais de crianças por parte do clero. Por enquanto excluem a divulgação dos nomes dos suspeitos de abusos.



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