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Preço do álcool já caiu R$ 0,14 no Grande ABC
Daniel Trielli
Sucursal Diadema
19/06/2007 | 07:03
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O motorista do Grande ABC que abastece o veículo com álcool tem motivos de sobra para sorrir . Desde o começo de maio, o preço do combustível teve uma queda de 9,64% no custo médio do litro. Hoje, o valor na região é de R$ 1,313, R$ 0,14 menor do que o registrado há seis semanas.

Naquela época, os efeitos do início da colheita de cana-de-açúcar (que aumenta a produção de álcool e, assim, diminuiu os custos do produto) começavam a ser repassados aos postos, que por sua vez barateavam o combustível ao consumidor. Se iniciou, nesta lógica, a rota declinante do preço do derivado de cana.

A tendência de queda se fortaleceu mais uma vez na última semana. De acordo com o levantamento do Diário, com base na pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo), o Grande ABC chegou à sexta redução consecutiva com uma diminuição de 1,35% na média de preço – o equivalente a quase R$ 0,02 na última medição.

No entanto, ao contrário das cinco quedas anteriores, o corte de preços não ocorreu em todas as cidades da região. Em Mauá, por exemplo, houve uma leve alta na última semana (0,84%), um indicativo de que esse ritmo de preço em declínio possa enfraquecer. É o que analisa Valmor Keller, do Rofec Auto Posto, em Diadema. “Acredito que o preço do álcool não deva cair muito mais do que isso”, diz.

Ele explica que um dos fatores que pode segurar o valor atual do combustível é o aumento da participação de álcool anidro (puro, sem adição de água) na gasolina. Hoje, a proporção de anidro é de 23%, mas o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, anunciou que irá para 25% a partir de 1º de julho.

Isso vai segurar um pouco os preços do álcool e pode até, em menor proporção, baratear a gasolina. A estratégia de mudar a quantidade de anidro no combustível – sempre variando de 23% a 25% – não chega a afetar a desempenho da gasolina, e é empregada para evitar que haja falta ou excesso de álcool no mercado. Stephanes já declarou que a proporção deve ficar em 25% por tempo indeterminado, “contando que não haja falta do produto”.




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