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Pesquisadores progridem nos estudos sobre vaca louca
Do Diário do Grande ABC
05/01/2000 | 11:43
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Uma equipe de pesquisadores científicos suíços conseguiu decifrar a estrutura em três dimensoes do prion humano, um dos fatores principais do mal de Crutzfeldt-Jakob, da qual uma nova forma deriva da chamada enfermidade da vaca louca.

Esta pesquisa foi realizada pelo professor Kurt Wuthrich e sua equipe do Instituto de Biologia Molecular e Biofísica de Zurique.

O professor Wuthrich, que trabalha nesta questao há cinco anos, já tinha conseguido decifrar a estrutura em três dimensoes do prion dos ratos.

``Isto nos permite entender como funciona um prion, a proximidade dos prions das espécies humana e animais, suas diferenças fundamentais e o mecanismo da passagem de uma espécie para outra', explicou o cientista.

A estrutura básica do prion sao, no homem, é idêntica à do prion do rato ou do ramster, precisou um comunicado do Fundo suíço de Pesquisa Científica, que financiou, junto com a Escola Politécnica de Zurique, as pesquisas do professor Wuthrich.

Esta estrutura agrupa diferentes elementos e compreende em particular um fio móvel, uma estrutura chamada de ``domínio esférico', formada por três espirais chamadas de hélices alfa, e uma estrutura chamada de folha beta.

Este domínio esférico é suspeito de desencadear enfermidades como a de Creutzfeldt-Jakob e a encefalite espongiforme bovina (ESB), a chamada enfermidade da vaca louca.

Até abril, o professor Wuthrich espera decifrar o prion da vaca, o que lhe permitiria entender mais precisamente a maneira como a enfermidade da vaca louca é transmitida ao homem.

A proximidade estrutural dos prions do homem e do animal resulta de uma composiçao química quase idêntica, explicou Wuthrich. E de um modo geral, ``este conhecimento facilitará a compreensao de todas as enfermidades originadas pelos prions', acrescentou.

Entretanto, ressaltou o cientista, ``o desenvolvimento farmacêutico desta compreensao do funcionamento dos prions só poderá ocorrer dentro de cinco ou dez anos'.

O estudo do professor Wuthrich foi publicado na última ediçao das atas da Academia de Ciências norte-americana (``Proceedings of the National Academy of Sciences').




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