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Prefeitura gasta R$ 380 mil em lixeiras subterrâneas que não podem ser utilizadas

Equipamentos, na área central, dependem de coleta específica não realizada pelo município

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
03/12/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A Prefeitura de Ribeirão Pires investiu R$ 380 mil na instalação de lixeiras subterrâneas na área central da cidade em junho. No entanto, o investimento, feito a pedido dos comerciantes locais para diminuir a sujeira das vias públicas, segue sem uso. O problema é fruto da ausência de planejamento municipal para o recolhimento dos resíduos, tendo em vista que os caminhões que realizam a coleta na cidade não dispõem de tecnologia para tal tarefa.

Conforme o Diário apurou, a administração do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSB) terá de realizar processo licitatório para contratar empresa especializada na coleta de resíduos subterrâneos. A Prefeitura não informou qual o prazo e investimento extra para que as lixeiras cumpram a sua função.

Foram instaladas três unidades: na Rua Felício Laurito, Vila do Doce, e ruas Felipe Sabbag e Stella Bruna Nardelli, na região central. Os três pontos deveriam ser utilizados, principalmente, por proprietários de bares, restaurantes, feiras livres e de artesanato, e, com isso, evitar acúmulo do material nas calçadas.

Os equipamentos contam com fundo falso que dá acesso a contêineres no subsolo das calçadas. Cada lixeira tem capacidade para armazenar 4.000 litros de resíduos, que deveriam ser recolhidos diariamente.

A situação causa revolta, principalmente entre comerciantes do município. Isso porque eles continuam tendo de deixar os resíduos nas calçadas à espera da coleta, o que gera mau cheiro e atrai vetores. A assistente administrativa Tatiana Vasques, 35 anos, detalha que a bagunça pode espantar os clientes. “Quando elas (lixeiras) foram instaladas, achamos que só iria melhorar, mas só piorou”, avalia. 

Atendente de banca de jornal, Elaine Barbosa, 39, comenta que o funcionamento das lixeiras deve ocorrer acompanhado da conscientização da população. “Existia uma caçamba para descarte de lixo aqui perto, mas o pessoal colocava os resíduos em dias errados, quando não tinha coleta. Agora, não temos nem caçamba nem as lixeiras subterrâneas”, lamenta. 

Outra reclamação é que algumas lixeiras subterrâneas permitem o descarte de resíduos. Com isso, alguns munícipes acabam descartando material no local. O problema é que não existe a coleta e, com isso, o lixo permanece acumulado, causando mau cheiro.




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