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Escola é interditada por rachaduras

Problema estrutural acomete duas salas de aula, cozinha e quadra esportiva da EE Professor Aldemir de Souza Castro, em Diadema

Bianca Barbosa
Especial para o Diário
10/10/2018 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 Estudantes da EE Professor Aldemir de Souza Castro, no Jardim Ruyce, em Diadema, foram realocados para unidade de ensino vizinha – EE Professor João Carlos Gomes Cardim – por conta de problemas estruturais, como é o caso de rachaduras e interdição de duas salas de aula, da cozinha e da quadra de esportes. Por conta do problema, os alunos recebem a chamada merenda seca, com distribuição de bolacha, bolo e suco, ao invés de refeições.

Pelo lado de fora, é possível observar rachaduras e danos que já perduram por um ano. “Estou estudando na escola aqui do lado, porque estão arrumando minha sala, que tem uma rachadura deste tamanho”, disse Grazielle, 8 anos, enquanto esticava os braços para descrever a fissura. Duas salas de aula estão interditadas.

Segundo a operadora de caixa Cíntia Aparecida, 28, mãe de aluna de 9 anos da EE Professor Aldemir de Souza Castro, a rachadura da cozinha é tão grande que é possível colocar a mão por dentro. “Estamos com medo. Essa escola está caindo aos pedaços. Imagina se acontecer alguma coisa com as crianças?”, observou. A menina contou que, apesar da interdição, os estudantes ainda têm aulas de Educação Física e tomam lanche na quadra.

Outra mãe preocupada é a dona de casa Evelin Cristino, 28, que tem um filho e três sobrinhos na unidade de ensino. “Estão dando merenda seca, uma bolacha e um achocolatado. Isso não segura fome de ninguém”, destacou. Ela cogita, inclusive, deixar o filho em casa até que o problema estrutural seja resolvido. “Acho que essa escola pode ceder, cair o teto, alguma coisa assim”, justificou.

Faixa pendurada em um dos muros da escola virou motivo de piada entre os pais. “Parabéns à comunidade externa e interna da EE Aldemir. Estamos entre as cinco melhores escolas de Diadema”, diz o comunicado. “Só se for a melhor em rachaduras”, rebateu a doméstica Elzeni Sena Medeiros, 30. Ela tem um filho e dois enteados estudando na unidade e reclama que, desde o ano passado, a escola está sucateada, com roubos de fios, de alimentos e inúmeras rachaduras. “É uma vergonha, só isso que tenho a dizer sobre essa escola.”

Questionada acerca do problema, a Diretoria Regional de Ensino de Diadema informou que o projeto para as obras estruturais na EE Aldemir de Souza Castro, orçado em R$ 266 mil, está aprovado e em fase de licitação.




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