Problema estrutural acomete duas salas de aula, cozinha e quadra esportiva da EE Professor Aldemir de Souza Castro, em Diadema
Estudantes da EE Professor Aldemir de Souza Castro, no Jardim Ruyce, em Diadema, foram realocados para unidade de ensino vizinha – EE Professor João Carlos Gomes Cardim – por conta de problemas estruturais, como é o caso de rachaduras e interdição de duas salas de aula, da cozinha e da quadra de esportes. Por conta do problema, os alunos recebem a chamada merenda seca, com distribuição de bolacha, bolo e suco, ao invés de refeições.
Pelo lado de fora, é possível observar rachaduras e danos que já perduram por um ano. “Estou estudando na escola aqui do lado, porque estão arrumando minha sala, que tem uma rachadura deste tamanho”, disse Grazielle, 8 anos, enquanto esticava os braços para descrever a fissura. Duas salas de aula estão interditadas.
Segundo a operadora de caixa Cíntia Aparecida, 28, mãe de aluna de 9 anos da EE Professor Aldemir de Souza Castro, a rachadura da cozinha é tão grande que é possível colocar a mão por dentro. “Estamos com medo. Essa escola está caindo aos pedaços. Imagina se acontecer alguma coisa com as crianças?”, observou. A menina contou que, apesar da interdição, os estudantes ainda têm aulas de Educação Física e tomam lanche na quadra.
Outra mãe preocupada é a dona de casa Evelin Cristino, 28, que tem um filho e três sobrinhos na unidade de ensino. “Estão dando merenda seca, uma bolacha e um achocolatado. Isso não segura fome de ninguém”, destacou. Ela cogita, inclusive, deixar o filho em casa até que o problema estrutural seja resolvido. “Acho que essa escola pode ceder, cair o teto, alguma coisa assim”, justificou.
Faixa pendurada em um dos muros da escola virou motivo de piada entre os pais. “Parabéns à comunidade externa e interna da EE Aldemir. Estamos entre as cinco melhores escolas de Diadema”, diz o comunicado. “Só se for a melhor em rachaduras”, rebateu a doméstica Elzeni Sena Medeiros, 30. Ela tem um filho e dois enteados estudando na unidade e reclama que, desde o ano passado, a escola está sucateada, com roubos de fios, de alimentos e inúmeras rachaduras. “É uma vergonha, só isso que tenho a dizer sobre essa escola.”
Questionada acerca do problema, a Diretoria Regional de Ensino de Diadema informou que o projeto para as obras estruturais na EE Aldemir de Souza Castro, orçado em R$ 266 mil, está aprovado e em fase de licitação.
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