James Mitchell, Primeiro-Ministro de Sao Vicente e Granadinas, naçao onde será realizada a XXI Cúpula dos chefes de Estado da Caricom, disse aos jornalistas que espera que ``o problema seja resolvido positivamente'.

Em 3 de junho passado, uma disputa limítrofe entre Guiana e Suriname - que data desde o século XVIII - cuja fronteira foi demarcada posteriormente por uma comissao das Naçoes Unidas (ONU), ressuscitou quando barcos da marinha do Suriname invadiram o mar territorial vizinho.

No centro da disputa está a empresa canadense CGX Energy Inc, que desde 1998 explora petróleo na regiao, sob concessao do governo da Guiana. A empresa teve suas operaçoes suspensas enquanto o problema nao for solucionado.

O atual presidente do Suriname, Jules Wijdenbosh, que ordenou às embarcaçoes de sua marinha que ocupassem o mar territorial delimitado pela ONU, propôs há duas semanas a promoçao de um encontro de cúpula com seu colega da Guiana, Bharrat Jagdeo, para chegar a um acordo.

No entanto, Jagdeo se negou a participar de uma negociaçao enquanto o Suriname nao retirar as embarcaçoes da Marinha e nao reconhecer o direito da concessao da Guiana à CGX Energy.

``Gostaria que encontrássemos uma resposta para este problema (...), mas asseguro que isso vai depender das delegaçoes da Guiana e do Suriname', disse à AFP o secretário-geral da Caricom, Edwin Carrington.

Por sua vez, Mitchell afirmou que, em relaçao à organizaçao caribenha, o mais preocupante sao os níveis das economias dos dois países e suas ``urgentes necessidades' de progresso.``Queremos fazer o que pudermos em benefício dos povos dos dois países, Suriname e Guiana', concluiu Mitchell.