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Após recusas de vereadores, Lauro avisa que levará caso Zé Augusto à decisão do PV

Para cumprir acordo, prefeito insistirá na ida de verdes ao Paço para alçar tucano ao Legislativo

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
10/01/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A fim de garantir mandato ao ex-vereador José Augusto da Silva Ramos (PSDB), o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), avisou que enquadrará os vereadores do PV para que aceitem proposta de assumir cargo no secretariado e, assim, permitam que o tucano (primeiro suplente da coligação com PSDB e PCdoB) assuma mandato no Legislativo.

Lauro convidou dois verdes para o primeiro escalão: Talabi Fahel para Esportes e Zé do Bloco para a presidência do Florestan Fernandes, mas ambos rejeitaram as propostas.

“As pessoas têm que pensar no que elas querem para o crescimento político do partido e também de uma chapa que colaborou (na eleição do ano passado). Nós conversamos com alguns vereadores, que não quiseram assumir compromissos, mas vamos discutir internamente no partido a responsabilidade de cada um”, advertiu o prefeito, que evitou fazer críticas à postura dos correligionários. “Não vou falar que eles pensaram individualmente porque já fui vereador e tive muita vontade de assumir mandato. É uma vontade que a pessoa tem e tem que ser respeitada também. Por isso que a gente vai levar para dentro do partido essa discussão. Pode ser que algum vereador mude de ideia”, completou Lauro, sem detalhar se os verdes podem sofrer punições na sigla caso mantenham a recusa.

Secretário de Saúde durante os três primeiros anos da gestão Lauro, Zé Augusto cumpriu mandato na Câmara no ano passado – estava licenciado – para disputar a reeleição. O tucano, porém, não conseguiu repetir o êxito da eleição de 2012, quando foi o parlamentar mais votado na cidade, com 7.254 sufrágios. No pleito do ano passado, obteve 2.420 adesões e, sob o comando do tucanato municipal, ainda amargou a derrota de outros parlamentares, como o ex-presidente da Câmara José Dourado e Atevaldo Leitão.

Apesar de anunciar que voltaria a se dedicar à medicina e montar clínica particular – também é médico concursado da Prefeitura –, Zé Augusto pediu para exercer mandato na Câmara. O tucano chegou a anunciar em outras ocasiões que deixaria a vida pública, na qual também acumula mandato de prefeito, pelo PT, entre 1989 e 1992. 




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